João Pessoa, 19 de janeiro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), foi o entrevistado, da noite desta segunda-feira (18), do programa Frente a Frente, na TV Arapuan (canal 14 no sistema de tevê aberto), comandado pelo jornalista Heron Cid. Na oportunidade, o prefeito falou sobre sua vida pessoal, trajetória política, atual gestão na Prefeitura da Capital e as eleições municipais deste ano, quando disputará a reeleição.
Com relação às obras, oprefeito evitou comparação com as gestões do PSB, um dos seus principais adversários no pleito de outubro. O governador Ricardo Coutinho (PSB) vem fazendo duras críticas a gestão de Cartaxo, afirmando que o prefeito “nada faz pela cidade”. Ricardo diz, por exemplo, que quando foi prefeito calçou mais de 500 ruas da Capital.
“Essa história precisa ser checada. Não adianta fala em números, que não batem com a realidade. Estamos na Prefeitura e sabemos quantas ruas cada gestão calçou. No momento oportuno vamos mostrar. Já realizamos várias obras e calçamos várias ruas. Só em 2016 vamos calçar mais de 100. Essa disputa menor não interessa a população. O que interessa são obras e isso nós estamos fazendo. Este ano já inauguramos praça no Jardim São Paulo, entregamos Unidade de Saúde da Família no Cristo, amanhã vamos inaugurar uma creche, também no Cristo. Temos obras em todas as regiões da cidade. Ficar falando em números é muito fácil. Tem que provar no papel e isso nós vamos fazer”, afirmou.
Cartaxo também citou obras de mobilidade urbana, como duplicação de ruas e alargamento de outras, o viaduto Geraldo Mariz, o elevado da avenida Beira Rio; infaestrutura, a exemplo da reforma do Parque Sólon de Lucena (Lagoa); e habitação. “A nossa maior obra, em termos de investimentos é o residencial Vista Alegre, em Gramame. São mais de R$ 130 milhões investidos na construção de 2016 unidades habitacionais. No Nice de Oliveira, em Paratibe, serão mais de 700 apartamentos”, completou.
Sobre o seu perfil político, Cartaxo disse que sua trajetória, sua vida pública, as experiências como vereador em vários mandatos, deputado estadual, vice-governador, lhe credenciaram para assumir a Prefeitura da Capital. “Eu não sou fabricado em laboratório”, enfatizou.
Saída do PT
Indagado por um telespectador por que deixou o partido, o prefeito disse que não se arrepende em ter saído a legenda. Ele afirmou que acertou na decisão, pois agora tem tranqüilidade para administrar. Cartaxo lembrou do processo pré-eleitoral de 2012, quando quase foi impedido pelo PT de disputar a prefeitura da Capital. “Agora é diferente, o PSD não amarra minha candidatura, pelo contrário, dá aval para construir alianças”, completou.
Eleições
Sobre as eleições municipais, o prefeito continuou com o discurso de que o foco de sua gestão é o trabalho e evitou falar sobre política de alianças. “O ano passado eu dizia que eleições só em 2016. Se eu tivesse perdido tempo lançando pré-candidatura não tinha chegado bem na gestão no final de 2015. O foco é na gestão, estou muito satisfeito com o resultado. As eleições de fato só começam em 15 de agosto, preciso continuar trabalhando. Tenho que aproveitar este primeiro semestre para continuar trabalhando”, sustentou.
Racha do PSB
Cartaxo falou também sobre a aliança do seu grupo com o PSB e disse que fez sua parte para manter a composição, mas “infelizmente os socialistas optaram por outro caminho”. O prefeito revelou que já no discurso da vitória Ricardo mudou o tom com o seu governo.
“Fiz minha parte. Estou de consciência tranqüila. No momento mais difícil da carreira política do governador, onde todos achavam que as suas chances de vitória eram mínimas, nós o apoiamos. Apostamos num projeto de futuro, mas infelizmente o projeto do PSB foi outro”, afirmou.
“Em 2014, o governo da prefeitura era o melhor do mundo. O que foi que mudou de lá para cá? O governo só fez melhorar, a gente só fez avançar, realizamos mais obras. Quando abriu as urnas mudou o discurso com o nosso governo, que nossa gestão precisava melhorar muito. Já tinha pré-candidatos a Prefeito, oposição na câmara ao meu governo”, acrescentou.
Cartaxo revelou ainda que não se sentiu constrangido por, mesmo ainda sendo o aliado, ter sido tratado como opositor e sua gestão alvo de críticas em inaugurações de obras como o teatro Pedra do Reino, no Centro de Convenções, e o Trevo das Mangabeiras. “Não tenho esse problema de constrangimento. Sou gestor, tenho que saber separar as coisas. Na inauguração do teatro Pedra do Reino teve o discurso de um pré-candidato e em outra obra críticas ao meu governo, mas sei superar isto”, declarou.
Cristiano Teixeira – MaisPB
BOLETIM DA REDAÇÃO - 31/10/2024