Início de operação não interrompeu fraudes

Vereador de Campina Grande, Renan Maracajá

O despacho do juiz Vinícius Costa Vidor, da 4ª Vara Federal de Campina Grande, autorizando, nesta quinta-feira (22), a prisão do vereador Renan Maracajá (PSDC), no âmbito da segunda fase da Operação Famintos, apontou que o parlamentar “continuava atuando nas empresas que vê se beneficiando do esquema criminoso”. A Operação Famintos visa combater fraudes em licitações na merenda escolar do município de Campina Grande, além de superfaturamento de contratos administrativos, corrupção e organização criminosa.

Além de Maracajá, Ângelo Felizardo e Pablo Allyson, alvos de mandados de prisão preventiva na segunda fase das investigações, continuavam, de acordo com a decisão, se beneficiando do esquema e dos contratos fraudulentos, mesmo após a primeira fase, que resultou na prisão da então secretária de Educação de Campina Grande, Iolanda Barbosa.

Pablo Allyson seria uma espécie de auxiliar de Maracajá, tratando diretamente com empresários a estratégia das fraudes. Já Felizardo é apontado como coordenador de um dos núcleos de atuação da organização criminosa.

No despacho, o magistrado justificou a prisão do vereador: “Renan não apenas integra o grupo criminoso, como também tem um papel central na articulação da fraude devido a sua interlocução entre os diversos grupos (político, administrativo e empresarial) e que se vale de pessoas interpostas não apenas para viabilizar a prática criminosa como também para ocultar os proveitos da infração, revelando que continuaria a delinquir caso mantido em liberdade”.

Além das prisões preventivas, também foram decretadas prisões temporárias contra Roberto Alves Pinheiro, Lisecílio de Brito Júnior, André Nunes de Oliveira, Severino França de Macedo Neto e Edna Iara do Santos.

MaisPB

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