Reitor da UEPB ratifica necessidade de grande Museu da Parahyba – Heron Cid
Bastidores

Reitor da UEPB ratifica necessidade de grande Museu da Parahyba

8 de agosto de 2019 às 10h25
Rangel Júnior quer ser o ponto de uma extensa e sinuosa curva

O Blog recebeu e acolhe com honra escrito da lavra do professor Rangel Júnior, reitor da Universidade Estadual da Paraíba. Ele se sentiu instigado a contribuir com o debate da necessidade de um Museu à altura da história de João Pessoa e da Paraíba, o que, de fato, não temos, um vazio e contradição histórica em meio à 434 anos de existência. Rangel concorda com o autor do Blog e refuta, com elegância e argumento, a contestação parcial do professor Alan Curcino, da Universidade Federal de Alagoas e com raízes e ligações paraibanas.

Abaixo o raciocínio é de Rangel Júnior:

“Sobre o texto dos muesus ou “DO MUSEU” à altura dos 434 anos de história e da participação da “Paraíba pequenina” na construção da história da nação brasileira, gostaria de tecer alguns breves comentários.

Primeiro que concordo plenamente com você. Com todo o respeito ao debate de ideias, percebo que o professor se agarrou a um detalhe conceitual, interpretativo e, de fato, equivocado.

Em nenhum momento você afirmou que não existiam museus na capital, apesar do título sugerir isto. Mas pelo que aprendi, títulos em geral se prestam para chamar a atenção para o conteúdo. Neste caso, acho até que deixa margens para interpretações equivocadas, uma vez que logo no segundo parágrafo de seu artigo está claro na tese de que a Capital “…não tem um museu para abrigar o acervo material e icônico que conta sua odisseia nesses 434 anos…”

O presidente da FUNJOPE chegou perto de traduzir: a capital precisa de fato de um museu que seja um verdadeiro memorial da saga dos povo paraibano na construção de suas identidades (no plural mesmo), dos povos que lhe deram origem, do patrimônio arquitetônico do litoral ao sertão, das usinas e engenhos, da cachaça e da rapadura, do algodão, dos eventos históricos de sua história própria e da história do Brasil, das personalidades marcantes, na política, nas artes (literatura, artes visuais, música, cordel e repente, artesanato…), dos quilombos, das lutas de resistência… e o registro dos costumes, do vaqueiro do oleiro, da louceira, da linguagem regional, da culinária…uma casa que tivesse como missão essencial ser a guardiã da memória e da história da constituição do Estado e do seu povo. Um lugar para ser visitado fisicamente e para ser visitado virtualmente em qualquer parte o mundo, para “encher os olhos” dos visitantes, para os paraibanos e paraibanas conhecerem uma síntese da história que lhe amalgamou a alma como povo.

A antiga ideia de “revitalização” daquela região do Varadouro, às margens do Rio Sanhauá, um sonho antigo que já ouvi do próprio ex-governador Ricardo Coutinho, bem poderia começar pelas Fábricas Matarazzo e Tito Silva. É isso!

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