Oposição obstrui votação da reforma

Câmara dos Deputados, em Brasília

A oposição manteve a obstrução em plenário e a votação da reforma da Previdência será adiada na Câmara dos Deputados. A reunião aconteceu na tarde desta terça-feira (09) e conforme o líder da oposição, Alessandro Molon (PSB), os deputados vão apresentar o ‘kit obstrução’.

Mais cedo, líderes da base governista propuseram à oposição que retirasse a obstrução em plenário para que os deputados debatessem a proposta. A ideia seria votar a matéria nesta quarta-feira (10), com apenas dois requerimentos de obstrução.

Ao Portal MaisPB, o deputado federal paraibano Gervásio Maia (PSB) afirmou que essa medida é para ‘tentar forçar a barra o máximo possível’ para derrotar a reforma.

“Vamos juntar votos, porque essa é uma reforma ‘antipovo’, tira R$ 800 milhões de quem menos ganha, é uma reforma cruel”, justificou Gervásio, que acredita que os debates em plenário devem durar até o final da noite.

Os deputados federais Frei Anastácio (PT) e Damião Feliciano (PDT) também já afirmaram publicamente ser contra a proposta atual da reforma da Previdência.

A oposição também vai apresentar nove destaques com sugestões de mudanças na proposta, que terão de ser apreciados após a votação do texto-base da PEC, entre eles a reoneração para exportadores rurais. Durante a votação do relatório da reforma na comissão especial, foi aprovado um destaque que devolveu a isenção da contribuição previdenciária para exportadores rurais, o que renderia R$ 83,9 bilhões aos cofres federais em uma década.

Com a manutenção do benefício para exportadores rurais, a economia final com a reforma da Previdência caiu de R$ 1,072 trilhão para R$ 987,5 bilhões. O valor ficou um pouco abaixo da economia mínima de R$ 1 trilhão pedida pelo Ministério da Economia.

MaisPB

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