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É formado em Direito pela UFPB e exerce funções dedicadas à Cultura desde o ano de 1999. Trabalhou com teatro e produção nas diversas áreas da Cultura, tendo realizado trabalhos importantes com nomes bastante conhecidos, tais como, Dercy Golcalves, Maria Bethania, Bibi Ferreira, Gal Costa, Elisa Lucinda, Nelson Sargento, Beth Carvalho, Beth Goulart, Alcione, Maria Gadu, Marina Lima, Angela Maria, Michel Bercovitch, Domingos de Oliveira e Dzi Croquettes. Dedica-se ao projeto “100 Crônicas” tendo publicado 100 Crônicas de Pandemia, em 2020, e lancará em breve seu mais recente título: 100 Crônicas da Segunda Onda.

Sarcopenia e sacopenia

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publicado em 09/01/2022 às 09h20
atualizado em 09/01/2022 às 13h22

Duas coisas incomodam as pessoas depois dos 40 anos, a sarcopenia e a sacopenia. O primeiro problemão é a perda da carne, esse definhar eterno de ombros, músculos, bochechas e depois comprometimento dos ossos, pois sabemos que a gravidade aumenta na medida dos “enta”, a massa muscular e nossa força diminui junto com a preguiça de seguir à risca uma boa dieta fortificante nutricional e de um ano pra outro, um defeito vai puxando o outro e se tentar corrigir com remédio, esse remédio pede outro remédio sucessivamente, daí ninguém escapa nem daquela caixinha cheia de comprimidos, nem do enfraquecimento de cabelos e perda de memória.

Botox, hialurônico e colágeno não dão jeito pra isso, infelizmente. Primeiramente, ou melhor, segundamente, teremos a sacopenia, que não é frescura, não é chatice, é um direito adquirido do cidadão que muito viveu e engoliu muito sapo afora, de não ter mais saco com incômodos repetitivos e não se importar em soltar um palavrão bruto no meio de um supermercado após uma pequena irritação inflamada em seu juízo apertado.

O saco, aquele último limite da paciência, vai diminuindo, acho até que ele tem uma ligação amorosa com a pressão alta, e você há de encontrar gente ranzinza à medida que o remédio da pressão aumenta a dosagem e o cabelo branco multiplica-se. Dizem que quando ele, o temido cabelo branco, chega nos pelos pubianos é quando atingimos a máxima da sacopenia. Melasmas, sardas pretas e brancas são fichinha perto da sacopenia.

A gente retoma as idas às igrejas,  tenta um pilates ou yoga, apela ao santo rivotril, mas a sacopenia tá lá aflorada em cada acelerada barulhenta da moto no trânsito das 6h da manhã até as 9h da noite! Meu amigo Reynaldo apelou para taças de vinho tinto à noite, após o trabalho, mas virou alcoólatra, tadinho! É assim, melhor aceitar os desígnios da idade em sempre avanço e dar uma risada bem gostosa depois da explosão da sacopenia.

Tente uma gargalhada, é um ótimo antídoto. Meu grau( de 0 a 5) de sarcopenia está em 2, já a sacopenia vai em grau 3, um perigo andar comigo, viu? E você? Qual seu grau de sarcopenia(pelanca) e sacopenia(surto)?

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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