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Ainda sobre a “dica” de Gonzaga para andarmos de bicicleta

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publicado em 19/04/2021 às 16h18

Devo reiterar que a bem intencionada “dica” de Gonzaga Rodrigues para que a população pessoense ande de bicicleta ou a pé é, realmente, de difícil aplicabilidade… para não dizer inaplicável em uma “cidade de 365 dias de sol” e na qual prevalece uma temperatura em torno dos 25º, além de ter, em vários de seus caminhos, ladeiras bem íngremes!

Já dissera que a “Cidade das Bicicletas” é Amsterdam/Holanda. Lá “tem mais bicicletas do que pessoas”: são mais de 1 milhão de bicicletas para uma população um pouco maior que 800 mil habitantes. Quanto à temperatura média é de 10º. Nas ciclo-faixas e ciclovias há, esquina a esquina, semáforos para controle do trânsito… trânsito das bicicletas!

Lembro que Gonzaga Rodrigues observou que neste tempo de pandemia estaria ocorrendo “cenas de contágios em massa nas estações de embarque e desembarque do transporte urbano”, isto em função do “aglomerado imprevidente a querer passarem 10 numa porta para 1” e com “falas e queixas respirando por uma boca só”. E eu deixara de enfatizar que a providência cabível é uma ampla campanha de conscientização para que se evite conversar e até atender telefone neste ambiente. Os ônibus, aqui e alhures (até nas cidades bem estruturadas) sempre circulam com suas lotações normais e bem lotados nos horários de pique. Dia desses, ouvindo a Rádio Bandnews em programa matinal com a participação do jornalista Eduardo Barão, este dizia que pegara um ônibus, lá em Nova Iorque, que estava bem lotado e nele haviam algumas pessoas inescrupulosamente sem máscaras! Repito: ele dizia que o ônibus “estava bem lotado”. Quer dizer: o transporte coletivo é assim, aqui e no resto do mundo… em alguns horários circula até semi-vazios… nos horários de pique circula com lotação total!

Mas, de modo específico em relação ao transporte coletivo urbano de João Pessoa, precisamos todos bem o avaliar, portanto o compar com o de outras cidades brasileiras: – aqui, há anos, está em patamar melhor do que em muitas das outras capitais, não significando querer dizer que tudo se encontre adequado. Mas, não se pode, por uma falha ou outra, fazer apontamentos contra o setor empresarial como que “só pensa em lucro”. Não! Não é assim! O setor empresarial pensa, e deve pensar, na sustentabilidade do serviço dentro dos padrões de satisfação à comunidade. E esta sustentabilidade tem a ver com o “como pagar a conta”. Por isto, é de difícil aplicabilidade, também, a “dica” de Gonzaga Rodrigues para que “a população ande de bicicleta ou a pé, deixando os ônibus só para os idosos e pessoas com dificuldade de locomoção”. Quem pagaria a conta?!…

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