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Ângela: 1ª presidenta da APL

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publicado em 04/09/2020 às 10h41

– Será a própria Ângela Bezerra de Castro quem decidirá como assinar seus atos alusivos às funções como dirigente-mor da APL (Academia Paraibana de Letras), vez que, conforme vários renomados gramáticos da língua portuguesa, as duas formas são corretas: presidenta ou presidente.

O importante, mesmo, é que Ângela tende a ser eleita para a presidência da Academia-Mãe da Paraíba (fundada em 1941) em pleito a realizar-se – como noticiado – no próximo dia 15. Assim ocorrendo, a admirada professora e escritora constituir-se-á na 1ª presidenta/presidente da APL nestes seus 79 anos de funcionamento. Isto significa que referida Academia – como que se mirando no exemplo já dado por outras Academias paraibanas (e o mais recente é o da ainda jovem Academia de Administração que, só com 11 anos de atividades, elegeu Luciana Rabay como sua próxima presidente) – doravante também estimulará a inclusão de mais e mais mulheres em seu quadro de “imortais”.

A propósito, meu pensar é o de que o surgimento da Academia Feminina de Letras e Artes da Paraíba, há 15 anos, deu-se exatamente pela percepção de que a Academia-Mãe da Paraíba, então, mais parecia uma instituição preponderantemente masculina, como o foi a ABL (Academia Brasileira de Letras). Daí, a responsabilidade que têm as demais Academias (APCA, APO, APM, APENGE etc) em não parecerem instituições preponderantemente masculinas. Já se pensou que, em razão dessa preponderância masculina (que vem desde a Academia Francesa e passa também pela Academia Brasileira de Letras), surgissem aqui, entre nós, Academias Femininas de Administração ou de Odontologia ou de Medicina ou de Engenharia etc?!… Seria estimular a discriminação de gênero!

Esta ponderação que faço no sentido de que as Academias estimulem maior presença das mulheres em seus quadros de “imortais” com o objetivo de que tais instituições mostrem-se praticantes da igualdade de gênero, leva-me a um conceito do qual a princípio colocava-me contrário: o de fixação de cotas, no caso em relação ao gênero. Ora! Se até na política partidária já há, mesmo que timidamente, a fixação da cota mínima quanto ao registro de candidaturas femininas, princípio similar mais adequável o será nas Academias, porquanto é sabido haver, pela natureza do ser mulher, uma espécie de timidez ou maior recato em relação a uma disputa eleitoral, em que o ser homem é bem mais atirado na conquista dos votos.

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