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APL elegerá Ângela! APCA já elegeu Luciana! Equilíbrio de gênero?!…

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publicado em 31/08/2020 às 10h44
atualizado em 31/08/2020 às 08h04

Nestes recentes dias o cronista-mor da Paraíba, Gonzaga Rodrigues, acompanhado por vários de seus colegas imortais da APL (Academia Paraibana de Letras), levantou bandeira para que a conceituada professora e renomada escritora ngela Bezerra de Castro seja eleita como a próxima (e 1ª) mulher presidente da referida instituição, fundada lá em 1941.

Recentemente escrevi sobre “Discriminação de gênero: na APCA não tem isso, não!”, destacando que a Academia Paraibana de Ciência da Administração acabara de eleger duas mulheres pra sua direção: Luciana Rabay (presidente) e Luciane Albuquerque (vice). E disse que em um quadro atual de 31 membros, só 9 são mulheres, situação que instiga a APCA a buscar mais equilíbrio de gênero, porquanto nos tempos de hoje é inadmissível tamanha desigualdade. Acabou o tempo em que a função básica da mulher era a de ser esposa e mãe, sem que houvesse a utilização plena de seus talentos nos diversos campos sociais.

A propósito, a tão referenciada Academia Francesa, fundada lá em 1634, ao meio de mais de 300 nomes que já compuseram seu quadro nestes quase 400 anos de existência, só elegeu 8 mulheres. Como que a “copiá-la”, a Academia Brasileira de Letras, de 1897, apenas elegeu 8 mulheres para integrá-la, a 1ª delas 80 anos depois (1977): Raquel de Queiroz.

Ainda a propósito, lembro que ano passado, em uma sessão em que a Câmara Municipal de João Pessoa prestou homenagem à Academia Feminina de Letras e Artes da Paraíba (AFLAP) pela passagem de seus 15 anos de fundação, sua vice-presidente, Bernardina Juvenal, concitando as mulheres para comemorarem seus espaços de protagonismo, rememorou quão difícil foi a chegada de Raquel de Queiroz à ABL e destacou que “a AFLAP nasceu, de certa forma, contra o machismo arraigado”.

Essa iniciativa para eleger ngela Bezerra de Castro como a próxima (e 1ª) presidente da APL só merece aplausos! E que mais e mais se incentive a presença de mulheres em seu quadro social, de modo a que logo extrapole aquele mesmo número emblemático (8) da Academia Francesa e da Academia Brasileira de Letras. (Mais escreverei, depois, sobre este assunto, inclusive para enfatizar bons exemplos de mulheres na presidência de instituições similares, como nas Academia Paraibana de Odontologia e Academia Paraibana de Medicina, esta última trazendo à lembrança a extraordinária mulher Drª Lourdes Britto Pessoa, presidente da APMED de 1994 a 1998).

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