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Se Marcos for o prefeito (III)

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publicado em 18/08/2020 às 09h05

Com esta parte concluo meu pensar sobre “Se Marcos for  o prefeito”. E o faço porque, se já disse que o advogado Marcos Pires não admite candidatar-se vinculando-se a um partido político (só se a legislação permitisse candidatura avulsa), no mais recente artigo (“Porque deixei de votar”) ele declara que há tempo não vota, preferindo ir a um município vizinho justificar não se encontrar em seu domicílio eleitoral. Quer dizer: assim agindo, por óbvio também não espera   ser votado por ninguém.

Aproveitei a provocação de Marcos Pires em “Se fosse eleito prefeito” para melhor avaliar quanto ao que os mais de dez pré-candidatos à chefia do executivo  pessoense já  expressaram como propósitos de governo. E me chamou a atenção uma mensagem, em redes sociais, feita pelo hoje vereador Bruno Farias: a de que o município precisa atuar em sintonia com o governo estadual. Até lhe enviei um “whatsapp” dizendo-lhe que ele dissera o óbvio para um sistema republicano, mas fora importante que o fizesse diante de um quadro em que, lastimavelmente, cada ente federativo atua isoladamente, desprezando o contexto social mais amplo (Região de João Pessoa, Região de Campina Grande ou, mais apropriadamente, o Estado da Paraíba). E, convictamente, cidade nenhuma se tornará um paraíso se ao seu redor estiverem vários inferninhos!

Por isto tenho propugnado ser fundamental a interiorização do  desenvolvimento. Esta interiorização não acontecerá com a capital  do estado no litoral, há mais de 300 e até 500km distante da maioria dos outros municípios paraibanos. E, por óbvio, a capital do estado, como centro político-administrativo estadual, constitui-se em um polo de atração ao desenvolvimento sócio-econômico. Lembremo-nos do significado da criação de Brasília,  como Capital Federal!… Foi a partir daí que o Centro Oeste brasileiro não só se tornou bem visto, mas sobretudo atrativo. E minimizou, até, o mal da grande densidade demográfica do Rio de Janeiro e suas consequentes mazelas. Já se imaginou o Rio de Janeiro, já hoje com tanta gente “pendurada” em favelas, se lá estivessem mais 2 milhões de pessoas que foram atraídas pra Brasília?!… Queremos que o mesmo ocorra com João Pessoa?!…

Volto, pois, a sugerir a quem se eleger prefeito pessoense: promova consulta ao povo, com debates sobre as vantagens e desvantagens da decisão, se quer João Pessoa permanecendo capital ou se melhor seria com a capital bem no  centro geográfico da Paraíba!… Em Taperoá, por exemplo.

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