O ronco nada mais é do que o ruído da passagem do ar por uma via aérea estreita. É como o barulho do ar passando por uma fresta na janela. O ronco ocasional é quase universal. Ocorre em cerca de 24% das mulheres adultas e 40% dos homens adultos. A prevalência de ronco aumenta com a idade em ambos os sexos.

O ronco é mais comum em homens adultos e está associado à alguns fatores, como obesidade ou variações anatômicas do nariz, como desvio de septo ou pólipo nasal. A ingestão de álcool, relaxantes musculares, narcóticos ou outras substâncias que diminuem o tônus muscular das vias aéreas superiores predispõem o indivíduo a roncar.

O tabagismo, principalmente no sexo masculino, também demonstrou ser um fator de risco. O ronco pode surgir ou aumentar durante a gravidez e pode estar presente também nas crianças, sendo, neste grupo, frequentemente relacionado à hipertrofia adenotonsilar.

Acontece que o ronco é um sintoma cardinal da Apneia Obstrutiva do Sono, uma doença que cursa com episódios repetidos de obstrução das vias aéreas superiores, levando ao aumento do risco de desenvolvimento de pressão alta, diabetes, infarto e derrame.

Os indivíduos que apresentam ronco isolado podem estar em risco de desenvolver Apneia do Sono com envelhecimento ou ganho de peso. Por esse motivo, diante da presença de ronco, principalmente se associado a sintomas diurnos, como sonolência e cansaço, é importante investigar a presença de apneia através da realização da Polissonografia, um exame de avalia o sono.

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