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O último dos moicanos (III)

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publicado em 17/04/2020 às 10h05

Com esta parte III concluo a série de artigos que titulei como “O último dos moicanos”, aludindo-me, como já constatado nos textos anteriores, ao Jornal A União que, no tradicional formato impresso, se preserva há 127 anos e demonstra-se predisposto a jamais encerrar suas atividades. Esta série de artigos – cabe lembrar – surgiu em razão do lastimável “fechamento” do Jornal Correio da Paraíba após uma vitoriosa existência de 66 anos, cuja última edição deu-se no  dia 4 de abril em curso.

Como “o último dos moicanos”, o Jornal A União, conhecido como um veículo de positiva qualidade gráfica, cultural e sobretudo jornalística (esta na dimensão profissional, mesma), certamente vê aumentado seu comprometimento nessa missão como instrumento de comunicação não só do Governo estadual, mas do próprio Estado para com  seu povo.

Na edição de A União da quinta feira, dia 16, li artigo da autoria do escritor José Mário da Silva sobre “Filipeia e outras Saudades”, referindo-se a um dos livros de Gonzaga Rodrigues, a quem denomina – e tem a concordância dos paraibanos – “o cronista maior de nossa Paraíba”. Nesse mesmo artigo, José Mário da Silva também faz referência a um outro livro desse admirável “cronista-mor”, Gonzaga Rodrigues, titulado de “Notas do meu lugar”. E aí me lembrei que está em “Notas do meu lugar”, publicado nos anos 80, um texto em que, já naquele tempo, ele se mostrava preocupado com a “cara chapa branca” da qual A União não conseguia desvencilhar-se, e que, por isso, não conquistava os leitores que não adeptos do oficialismo.

Entendo, portanto, que o Jornal A União vê—se – em sendo “o último dos moicanos” – responsabilizado em avaliar aquelas considerações escritas por Gonzaga Rodrigues e agir no sentido de que  se torne um Jornal cada vez mais buscado por todos os paraibanos, sejam – como a maioria já o  é – imparciais e/ou sem partidos, sejam da “situação” ou da “oposição”.

Para tanto, em sua elaboração editorial (já tão elogiada no aspecto informativo e cultural) possa abrir espaços para a diversidade de opiniões, inclusive de políticos/parlamentares ditos oposicionistas, embora, ao mesmo  lado, constem posicionamentos em contrapontos assinados por situacionistas.

Entendo, também, que nos espaços destinados a artigos/crônicas, estes, nestes tempos de forte penetração das redes sociais e suas simplificações, poderiam ser menores do que os de hoje. Ou seja, há espaços, atualmente, que, em vez de ocupados por dois assinantes, poderiam ser divididos para três  ou até quatro. Crônicas/artigos menores (de menor espaço) são mais atrativos, embora, se necessário, sejam complementados em uma outra edição.

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