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Max Oliveira é graduando em Comunicação Social pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Tem passagens pelas principais emissoras de rádio de João Pessoa, onde atuou fazendo cobertura esportiva. Atualmente é comentarista e colunista do Mais PB.

O ódio não pode vencer

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publicado em 02/03/2020 às 14h55

Pouco depois de comandar o Botafogo diante do São Paulo Crystal, no Almeidão, pelo Campeonato Paraibano, o técnico Evaristo Pizza já concedia entrevista coletiva para dar explicações sobre o futebol de baixa qualidade de seu time, que saiu de campo com um frustrante empate.

O clima entre os profissionais de imprensa era amistoso – todas as indagações eram facilmente respondidas sem que o professor demonstrasse qualquer desconforto.

Fora dali, em outro campo, o virtual, o nome do técnico estava fritando.

O Botafogo transmitia tudo em tempo real, na sua página oficial no Instagram, para o deleite de incontáveis perfis maus educados, que discorriam xingamentos gratuitos e provocações ao treinador.

No início de fevereiro o lateral-esquerdo Moisés, do Internacional, sofreu injúria racial quando o clube também transmitia, ao vivo, em suas redes sociais, a entrevista coletiva do jogador de 24 anos, realizada antes do treino.

Dois casos distintos. O mesmo ódio.

Manifestações que vão muito além da liberdade de expressão. Materializando crimes de racismo e contra a honra de integrantes do clube.

Delitos que o Botafogo precisa denunciar.

Crime é crime. Seja ao vivo e a cores. Seja virtual.

O ódio não pode vencer.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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