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Rio de Janeiro usará argila para melhorar qualidade da água

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publicado em 29/01/2020 às 15h36
Agência Brasil

A Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae), estatal vinculada ao governo do Rio de Janeiro, informou nesta quarta-feira (29) que começou a aplicar argila ionicamente modificada na lagoa próxima à captação da Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu. O objetivo é melhorar a qualidade da água distribuída à população.

Desde o início deste mês, moradores da cidade do Rio de Janeiro e de outros municípios da região metropolitana reclamam que estão recebendo água com cheiro e sabor de terra. Em alguns bairros, houve reclamação também sobre a turbidez.

A Cedae diz que o problema ocorre devido à proliferação da alga geosmina e que o consumo da água não traz riscos à saúde. De outro lado, em nota técnica divulgada no dia 15, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) afirmaram que a situação é resultado da falta de tratamento de esgoto sanitário nas áreas urbanas. Na semana passada, o Ministério Público do Rio de Janeiro ingressou com ação pedindo à Justiça que obrigue a estatal a publicizar mais de 70 laudos comprobatórios da qualidade da água.

Segundo comunicado divulgado pela estatal, a argila ionicamente modificada indisponibiliza o fósforo, nutriente considerado indispensável para o crescimento de algas. “Serão realizadas inicialmente três aplicações de teste. O produto será aplicado por meio de embarcação equipada com sistema para dispersão homogênea sobre a superfície da água”, informa o comunicado.

A medida já é adotada no Rio Grande do Sul e na Bahia. O produtor tem certificados internacionais e registro no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Após análise da documentação enviada pela estatal pedindo autorização para uso da argila, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) liberou a aplicação na última quinta-feira (23).

Essa não é a primeira medida adotada pela Cedae para tentar superar o problema. Na semana passada, o carvão ativado começou a ser utilizado no interior da Estação de Tratamento de Água Guandu para retirar a geosmina. Ações com efeito a médio prazo também estão em curso. Já teve início processo de licitação para obras de proteção da tomada de água da ETA Guandu.

Agência Brasil

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