João Pessoa, 20 de janeiro de 2020 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
entrevista maistv

Tucana prevê ano ‘conturbado’ na Assembleia

Comentários: 0
publicado em 20/01/2020 às 19h05
atualizado em 21/01/2020 às 06h26
Camila Toscano em entrevista à MaisTV - Foto: MaisPB

Voz ecoante da oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), a deputada estadual Camila Toscano (PSDB) não titubeia quando é instada a falar sobre o quadro político da Paraíba após os últimos desdobramentos da Operação Calvário.

“Não será um ano fácil e tranquilo”, projetou em entrevista a MaisTV, canal de vídeo Portal MaisPB.

“Não sabemos onde a Calvário vai chegar. Se teremos outra operação, se tiver, pode mexer com o tabuleiro da Assembleia. Não será um ano fácil e tranquilo, porque as questões internas da Assembleia já causarão um tumulto, e pode haver questões externas que poderão causar um tumulto ainda maior”, afirmou Toscano.

Em entrevista a MaisTV, canal de vídeo do Portal MaisPB, a tucana ainda analisou os embates na Casa legislativa no fim do ano passado, quando a oposição conseguiu travar a reforma da Previdência.

“A oposição tem de cobrar e fiscalizar, não somos maioria, não vamos conseguir ganhar nenhuma votação. Doze não ganha de vinte e quatro. Mas com a nossa força de articulação, trazendo a sociedade civil para dentro da Assembleia, conseguimos adiar a reforma da Previdência por um bom tempo. A nossa meta é ter um discurso único. O governo está muito fragilizado, o que é péssimo para a Paraíba. É um governo que perdeu a sua governabilidade. São operações em cima de operações. Todos os dias temos três, quatro trechos de delações de pessoas que participavam do esquema dentro do governo”, afirmou.

Além da nova PBPrev, outra matéria do Executivo deve agitar a Assembleia em fevereiro. Trata-se da Fundação Paraibana de Gestão em Saúde, a PB Saúde. O estado justifica que a entidade permitirá que sejam desenvolvidas atividades de gestão e prestação de serviço de saúde e que se executem ações, programas e estratégias que venham ser objetos das Políticas da Secretaria de Saúde do Estado.

Para Camila, a proposta em nada se diferencia do modelo de OS’s [Organizações Sociais] que geriu os hospitais públicos da Paraíba nos últimos oito anos e alvos de investigação do Ministério Público no âmbito da Operação Calvário, que levou a prisão o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB).

“Não é algo bom, para mim é uma forma de trocar as organizações sociais por uma forma de gerir que permitirá fazer com a Saúde o que as organizações sociais vinha fazendo. Temos que blindar, para que não aconteça o que aconteceu. Se esse governo tiver brecho, terá vazamento, como está tendo em todas as secretarias”, disse.

Assista, abaixo, a entrevista completa conduzida pelo jornalista Wallison Bezerra.

MaisPB

Leia Também