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'Amigos do Rei'

Incra: desvio pode estar ligado à ação de 2016

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publicado em 13/11/2019 às 17h05
atualizado em 14/11/2019 às 03h43

Nesta quarta-feira (13), foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, além da intimação de investigados. A operação ‘Amigos do Rei’, deflagrada pela Polícia Federal, Controladora Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal da Paraíba pode levar ainda a Operação ‘Terra Arrasada’, realizada no ano de 2016 pelos mesmos órgãos.

‘Terra Arrasada’ mirou em irregularidades e desvios na aplicação de verbas públicas federais em contratos de Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária – ATES, geridos pela Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) na Paraíba. A fraude nos cofres públicos seria superior a R$ 80 milhões.

Na época, o delegado da PF, Fabiano Emílio, revelou que havia indícios de que o dinheiro seria desviado para caixa dois de campanhas eleitorais na Paraíba.

Conforme o delegado Regional de Combate ao Crime Organizado, Vitor Moraes, ainda não é possível estabelecer qualquer relação entre as duas operações, no entanto, com o material coletado hoje, será verificado se há algum vínculo entre as operações e os investigados.

“Essas apreensões vão ser cuidadosamente analisadas e vamos verificar se há relacionamento”, explicou ao Portal MaisPB.

De acordo com o delegado, além dos servidores do Incra, outras pessoas estão sendo investigadas como suspeitas de ajudar na realização da fraude. Os detalhes serão apurados no decorrer do inquérito.

Entenda

Polícia Federal, Controladora Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal da Paraíba deflagraram, na manhã desta quarta-feira (13), a Operação ‘Amigos do Rei’, que visa combater o desvio de recursos públicos diante de concessões irregulares de parcelas de terras nos Projetos de Assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) no Estado da Paraíba.

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União receberam notícia anônima no sentido de que um servidor, que ocupava o cargo de Chefe-substituto da Divisão de Desenvolvimento da Superintendência Regional do INCRA na Paraíba, com ciência do ex-Superintendente substituto, estaria beneficiando familiares e pessoas próximas de seu círculo pessoal, no sentido de conceder lotes de terra, em assentamentos, para pessoas que não preenchem os requisitos legais. Além dos lotes, milhões de reais foram concedidos para financiar o desenvolvimento das parcelas de terra.

MaisPB

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