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JP é 10ª cidade em arrecadação de IPTU

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publicado em 07/11/2019 às 11h55
atualizado em 07/11/2019 às 12h53

A cidade de João Pessoa foi a décima cidade nordestina com maior arrecadação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em 2018, de acordo com o levantamento feito pela Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, lançado nesta sexta-feira (7), pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP).

De acordo com a FNP, a capital paraibana recebeu mais de R$ 88,6 milhões no ano passado, com uma variação de 1,1% em relação a 2017, quando atingiu um arrecadamento de 87,6 milhões de reais. Salvador lidera o ranking com um arrecadamento de R$ 702,6 milhões, seguido de Fortaleza (510,6 milhões) e Recife (451,9 milhões).

RANKING – AS 10 MAIORES ARRECADAÇÕES DE IPTU DAS CIDADES SELECIONADAS DO NORDESTE

1 – Salvador R$ 702,6 milhões
2 – Fortaleza R$ 510,6 milhões 
3 – Recife R$ 451,9 milhões
4 – Aracaju R$ 191,5 milhões
5 – Natal R$ 155,9 milhões
6 – Maceió R$ 144,1 milhões
7 – Camaçari-BA R$ 117,7 milhões 
8 – São Luís R$ 108, 2 milhões 
9 – Jaboatão dos Guararapes-PE R$ 89 milhões
10 – João Pessoa R$ 88,6 milhões 

Brasil: arrecadação cresce em R$ 2,57 bilhões

A arrecadação do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) nas cidades brasileiras totalizou R$ 44,67 bilhões em 2018, um crescimento real de 6,1% em relação ao ano anterior, o que representou um incremento de R$ 2,57 bilhões, em valores já corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) médio do período.

Devido à não disponibilização pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) das informações da dívida ativa, não há como afirmar se o crescimento do IPTU em 2018 ocorreu por fatores ligados à melhoria da eficiência tributária – como a realização do recadastramento imobiliário e/ou da revisão da Planta Genérica de Valores (PGV) – ou se a programas de recuperação fiscal.

Análise feita por Multi Cidades aponta que houve alta na arrecadação em todas regiões, com exceção do Norte, onde os municípios tiveram queda real de 6,3%. “Aintensas ampliações ou diminuições constatadas em diversos municípios podem estar mais relacionadas à adoção de políticas de recuperação de dívidas do que às variações na arrecadação do tributo propriamente dita”, reforçou Tânia Villela, economista e diretora da Aequus Consultoria, empresa que elabora o estudo em parceria com a FNP.

Conforme a publicação, a arrecadação do IPTU está concentrada nos grandes centros urbanos do país. Em 2018, os municípios com mais de 500 mil habitantes arrecadaram juntos R$ 25,55 bilhões, o que equivaleu a 57,2% de todo o montante nacional. Já os pequenos, com menos de 20 mil moradores, recolheram apenas 3,1% do IPTU. Destaca-se que esse grupo possui 15,6% da população brasileira, enquanto que aqueles com mais de 500 mil habitantes detêm 30,2%.

Mesmo com o aumento a cada ano do IPTU na composição da receita corrente dos municípios, a participação ainda permanece muito baixa. Em 2018, esse percentual se manteve praticamente inalterado, com uma ligeira elevação de 7,4% para 7,5% na média dos municípios brasileiros, apesar do aumento real de 6,1% na arrecadação total do imposto.

Entretanto, ao se analisar a participação do IPTU na receita corrente municipal por região, observa-se uma enorme disparidade, o que reflete o mesmo padrão visto na concentração do recolhimento. Enquanto no Norte a presença média do imposto na receita corrente é de apenas 2%, no Sudeste essa fatia é cinco vezes mais robusta, ficando em 10,9%.

Entre os maiores pesos do IPTU na receita corrente destacam-se os de Xangri-Lá-RS (43%), Arroio do Sal-RS (36,6%), Praia Grande-SP (31,9%), Capão da Canoa-RS (31,8%), Guarujá-SP (31,8%), Matinhos-PR (31,1%), Bertioga-SP (26,5%), Guaratuba-PR (26%) e Pontal do Paraná-PR (25%). “São cidades litorâneas e/ou turísticas com grande quantidade de residências, hotéis, pousadas e edificações de elevado padrão de construção, voltados para atender à demanda aquecida nas altas temporadas, o que contribui para fortalecer o recolhimento do IPTU”, explica o economista e editor do anuário, Alberto Borges.

RANKING – AS 10 MAIORES ARRECADAÇÕES DE IPTU DO PAÍS EM 2018

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