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Paraíba vai receber R$ 150 mi para agricultura

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publicado em 26/06/2019 às 18h56
atualizado em 27/06/2019 às 03h55
Arquivo/Agência Brasil

Produtores de cana da Paraíba conferiram, nesta quarta-feira (26), o lançamento do incentivo de crédito do Banco do Brasil (BB) para o setor com a apresentação do Plano Safra 2019/2020 do Governo Federal. Na ocasião, representantes do BB divulgaram o montante de R$ 150 milhões para a Paraíba direcionado a custeio ou investimento agrícola para armazenagem, melhoramento genético, novas sementes.

O evento ocorreu no auditório da Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) e contou com a presença do Secretário de estado da Agricultura, Efraim Morais, do vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba – Faepa, Vanildo Pereira, do Superintendente do BB, Antônio Carlos Servo, além do gerente de Agronegócio do BB, Fábio Cardoso  e do presidente da Asplan, José Inácio de Morais.

Na abertura do encontro, José Inácio, destacou que como produtor de cana e represente da classe, mantém firmemente a esperança no setor e na vontade dos governos em incentivar a agricultura no país. Ele citou a ocasião da visita da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Tereza Cristina, à Paraíba e lembrou aos presentes de sua empatia para com o segmento da cana.

“Nós aqui da Paraíba temos menos de 1% da cana de todo o país, mas recebemos a visita de nossa ministra. Tivemos essa honra de levá-la para conhecer a Japungu. Era um dia chuvoso, final de semana, e ela estava lá. Era nítida a vontade dela em nos ajudar. Então, o que vemos é uma vontade sim, mas que precisamos de mudanças é em políticas públicas”, comentou o dirigente.

Seguindo o mesmo raciocínio, o secretário de agricultura, Efraim Morais elogiou a ministra.“Tereza Cristina é competente e estamos muito bem representados”, disse, garantindo ainda que vai lutar para que a agricultura tenha mais espaço no cenário estadual e nacional. “Em 28 anos de mandato, nunca vi um governo dar importância à agricultura. Sempre é saúde, educação e, mais agora, segurança. Agora estou no Governo do Estado e vou trabalhar para isso”, afirmou Efraim Morais.

Quanto ao BB, a instituição destinará R$ 150 milhões em crédito para o produtor rural da Paraíba. Esse montante será dividido – não igualmente – entre o custeio e o investimento. No exercício 2018/2019 do Plano Safra, o BB destinou 128,1 milhões para o estado, sendo 88,5 milhões para o custeio agrícola e 39,7 milhões para o investimento.

O presidente da Asplan afirmou que o BB é a instituição que sempre está ao lado do produtor de cana. “O BB tem sido um grande propulsor no setor no Nordeste. Os juros do Banco do Nordeste são menores, mas não se sabe o que acontece, pois eles não conseguem um aporte que nos garanta realizar o que precisamos”, explicou José Inácio.

O Superintendente do BB, Antônio Carlos Servo, mencionou que o valor ainda é baixo, mesmo tendo um incremento em se tratando do ano anterior. Para ele, o setor é de suma importância para o pais e precisa ser bem cuidado. “Queremos ajudar mais, financiar mais, prestar nossa assistência. Crédito temos e vontade demais. Queremos ser o banco do Produtor. Seja sele pequeno, médio ou grande. Afinal, o que tem segurado o PIB do país durante muito tempo é o agronegócio”, explicou.

Princípios como a Oportunidade, a Suficiência, a Adequação e Esquema de reembolso do Crédito, foram apontados pelo vice-presidente da Faepa, Vanildo Pereira, durante sua fala para ilustrar o que é preciso para se oferecer um bom financiamento de crédito ao produtor rural. Para ele, a agricultura na Paraíba tem mantido uma boa relação com as instituições financeiras e com o Governo. “Por conta dessa relação sadia, fomos contemplados com vários pleitos da CNA no Plano Safra, a exemplo do Seguro Safra e da possibilidade de se hipotecar parte da propriedade. Agora é o momento de o produtor e os bancos verificarem esses princípios, que sempre devem estar presentes”, comentou.

Ao final, o gerente de Agronegócio do BB, Fábio Cardoso, apresentou o plano aos produtores explicando que os que se enquadram no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf)  terão taxas de juros entre 3% e 4,6% ao ano Para pequenos (que estão fora do Pronaf) e médios, o índice é de 6% ao ano ( taxa mantida em relação ao ano anterior). Os demais terão juros de 8% ao ano. Já os programas de investimento terão juros variando de 3% a 10,5% ao ano.

“O Banco do Brasil tem melhorado muito a cada ano nesse aspecto de alcançar a necessidade do produtor. Encontrei certa dificuldade há quatro anos quando contratei outro Banco e hoje estou muito satisfeito com o BB”, comentou o produtor de cana e também de abacaxi da cidade de Itapororoca, Cleanto Castro.

Vale lembrar que o Plano Safra 2019/2020 foi anunciado na última terça-feira (18), em Brasília e o setor agrícola contará com R$ 225,59 bilhões. Desse total, R$ 222,74 bilhões são para crédito rural, sendo R$ 169,33 bilhões para custeio, comercialização e industrialização. Outros R$ 53,41 bilhões para investimento.

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