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Site da Fifa aponta impopularidade de Hulk no Brasil, mas faz ‘propaganda’ do paraibano

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publicado em 15/06/2013 às 09h30

Usando de uma franqueza que chega a constranger, a Fifa publicou em seu site oficial uma matéria em que, já na chamada assume que o paraibano Hulk é impopular “em seu país”. Em compensação, usa o texto justamente para ‘apresentar’ o atacante ao mundo. “Muito pazr, Hulk”, é o título do texto.

Apesar de um início não muito animador, o texto em si é uma exaltação ao jogador nordestino, fazendo um breve resumo de sua carreira, destacando que será o titular da Seleção na estreia da Copa das Confederações, na tarde deste sábado, contra o forte Japão.

Confira o texto na íntegra

Muito pazr, Hulk

Um dos movimentos que o técnico Luiz Felipe Scolari promoveu em seu retorno à Seleção Brasileira foi a composição de um grupo com mais atletas que atuam dentro das fronteiras do país. Para a Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013, são dez que se enquadram nessa categoria – sem contar Neymar, que ainda não fez sua estreia pelo Barcelona.

Por outro lado, há aqueles que construíram uma carreira praticamente toda no exterior, como o paraibano Givanildo Vieira de Souza, o Hulk, com seu apelido popularizado mundo afora e que, enfim, depois de uma boa rodagem, vai ganhando fama também em sua própria terra.

Com passagem pela base do São Paulo, mas lançado como profissional pelo Vitória, Hulk disputou apenas duas partidas pelo time baiano na elite do futebol brasileiro. A partir dali, iniciou uma peregrinação que o levou a três clubes japoneses, ao FC Porto e, na última temporada, ao Zenit St. Petersburg. Só agora, com a Copa das Confederações batendo à porta, é que talvez tenha chegado a hora de o atacante – aos 26 anos e já consagrado internacionalmente – mostrar seu cartão de visitas a seus compatriotas torcedores. Para isso, será titular na estreia contra o Japão, neste sábado, em Brasília.

“Minha preocupação é fazer o trabalho bem feito, como venho fazendo. Tentar estar o mais concentrado possível e fazer o que o professor pede; não entrar necessariamente com o pensamento de querer agradar a torcida”, afirma ao FIFA.com o enérgico jogador, depois da última sessão de treinos da Seleção no Estádio Nacional Mané Garrincha, na véspera da partida.

No amistoso contra a Inglaterra, disputado no Maracanã, Hulk e seus companheiros de time chegaram a escutar gritos pedindo por Lucas, aquele que em teoria é seu reserva imediato, vindo da arquibancada. Na ocasião, o atacante do Zenit disse que não se incomodava, por estar ciente do certo distanciamento que existe por parte do público local com relação a sua trajetória. Ele costuma dizer que é mais conhecido na Europa do que em seu país.

O que é certo é que seus talentos ganharam o reconhecimento de Felipão – que conta com sua vitalidade e disciplina tática para ganhar em poder de marcação no meio-campo e em velocidade pelas pontas. O próximo passo seria integrar essas qualidades com as dos parceiros e conseguir chegar ao plano tático pretendido pelo treinador. Para isso serviu o produtivo período de treinamento e testes que tiveram nas últimas semanas. Depois de empate por 2 a 2 com os ingleses, a equipe recebeu a França e venceu por 3 a 0 em Porto Alegre. “Aos poucos, sem querer exagerar nada, sem querer pular etapas, conseguimos fazer um grande resultado no último jogo e vamos pegar essas coisas boas para, quando chegar o jogo, poder colocar em prática”, afirma.

Hulk deve começar a partida contra os campeões asiáticos cobrindo um lado do campo, enquanto o jovem astro Neymar fica do outro. A ideia, porém, é aproveitar uma sintonia mais afinada para alternar o posicionamento, tentando confundir o oponente. “Temos total liberdade para trocar de posições, e isso vem dando certo. Não só eu e o Neymar, mas todos os jogadores ali da frente.”

Naturalmente, com um melhor entrosamento, então, o jogo fica mais propício para os atacantes brilharem e decidirem, com um facilitando a vida do outro. E aí pode pintar a chance para Hulk se apresentar para valer aos torcedores, mesmo que isso não seja uma obsessão para ele. “Se for para agradar, que seja, então, dentro de campo, dando o meu melhor. É isso o que eu pretendo fazer.”


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