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Mário Tourinho

João, Bolsonaro e o republicanismo

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publicado em 31/10/2018 às 18h17
atualizado em 31/10/2018 às 15h18

Ouvimos e lemos declarações do governador eleito da Paraíba, João Azevedo, destacando que do presidente eleito, Jair Bolsonaro, espera uma atitude republicana, o que significa dizer que sua expectativa é a de que as relações interinstitucionais, por óbvio envolvendo projetos do interesse da Paraíba e da União, ocorram com o prevalecimento do republicanismo… jamais do partidarismo.

Estes princípios estão fincados – como não poderia ser diferente – a partir da Constituição Federal, que, já no “caput” do Art. 1º, evidencia que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, destacando no Art 18 (ao de novo mencionar estes mesmos entes federativos) que eles – todos eles – são autônomos.

Sabemos que João (PSB) fez campanha em prol de Haddad (PT) para a Presidência da República. O eleito foi Bolsonaro (PSL). Daí os questionamentos da imprensa sobre o que João espera para parcerias com o Governo Federal a partir de 2019, pelo que ele fez aquelas declarações. Disse o óbvio. Disse o que tinha de dizer. E
esses dizeres seriam desnecessários se na política brasileira, na ação governamental, não houvessem as discriminações partidárias e menosprezo à interinstitucionalidade.

No âmbito da União tanto quanto no âmbito dos Estados o que mais se reclama é a falta desse prevalecimento interinstitucional nas relações entre as esferas governamentais. Isto quer dizer que, também aqui na Paraíba, há reclamações de governos municipais (Joâo Pessoa e Campina Grande, por exemplos) para com o governo estadual.

Certamente João Azevedo, que espera o republicanismo por parte de Jair Bolsonaro, dará exemplo, aqui na Paraíba, nas relações interinstitucionais com todos (todos) os municípios, independentemente de cor partidária.

MaisPB

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