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As esculturas de Marcos Pinto (II)

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publicado em 08/09/2016 às 15h32

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Permitam-nos repetir: são vários os artistas paraibanos por cujas obras devemos – também como paraibanos – muito nos orgulhar. E sem dúvida a maior notoriedade desses artistas mais ocorre em relação àqueles cujas atividades estão bem mais próximas do “gosto popular”, como, por exemplo, das daqueles que atuam no campo da música.Poucos são os que alcançam a notoriedade na literatura, na pintura, na fotografia etc. E raros, bem raros, são os que se evidenciam na arte das esculturas, mesmoque as respectivas obras possam ser encontradas por várias ruas (ou prédios) da cidade em que vivemos. Um desses raros talentosos escultores é, sem dúvida, Marcos Pinto, de quem mostramos, domingo passado, neste mesmo espaço, foto da escultura de título “As Aves de Arribação”, também conhecida como “As Pombas da Paz”.

Também é da autoria de Marcos Pinto a escultura de título “Como Uma Renda Irlandesa”, cuja foto está aqui apresentada ao lado do seu autor. Essa obra encontra-se nos jardins do “Residencial Mansões Heron Marinho”, na av. João Cyrillo – Altiplano – nesta cidade, empreendimento dos mais exitosos levado a efeito pela Construtora Alliance. Elaborada “com técnicas modernas de montagem em fibra de vidro e resina de poliuretano armados com alumínio anodizado e pintura metálica”, essa escultura – como justificado pelo próprio Marcos Pinto –enfatiza a influência britânica, “fazendo-nos voltar ao tempo dos nossos bisavós que faziam rendas irlandesas para o vestuário, inclusive de cama, mesa e banho”.

Somente lá, no mesmo bairro do Altiplano, podem ser vistas outras belas esculturas assinadas por Marcos Pinto, a exemplo da de título “Encontro de Curvas”, instalada no “Residencial Ultramare”; “Como Uma Onda No Mar” (Residencial Aquamare); “As 3 Pessoas do Divino Espírito Santo” (Residencial Yahveh); “Poder da Serpente” (Residencial Saint Germain Boulevard); e “Ciclos do Mar” (Residencial Marauto).

Para que tantas belas obras de arte estejam por aí, mostradas em tantos belos lugares da capital paraibana, não podemos omitir a influência, ou seja, a contribuição direta do Poder Público Municipal, nascida ainda na gestão do então prefeito Antonio Carneiro Arnaud, em 1988, que sancionou a Lei Nº 5.738, estabelecendo a “obrigatoriedade de obras de arte nas edificações na cidade de João Pessoa”. Posteriormente, por iniciativa do vereador Fuba, aquela lei foi aperfeiçoada mediante mudanças na redação de alguns de seus artigos, isto através da Lei Nº 11.649, de 2009, sancionada pelo então prefeito Ricardo Coutinho.

(*) Mário Tourinho é Administrador e Diretor Institucional do SINTUR-JP

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