João Pessoa, 23 de março de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Só os deuses do futebol podem mudar os rumos do atual Campeonato Paraibano e permitir a entrada de outra equipe na trajetória de Botafogo e Campinense rumo a uma final em que a rivalidade atingirá níveis máximos. Os demais times que me perdoem, mas eles se excluiram – na bola – de qualquer protagonismo no desfecho do Paraibano.
E os amantes do bom futebol torcem para ver o tira teima dessa rivalidade, que a cada ano se torna mais acirrada.
Nos últimos quatro anos, eles dominaram os gramados paraibanos.
Quando o título não vai parar em mãos rubronegras, como em 2012 e 2015, acaba abocanhado pelos botafoguenses – 2013 e 2014.
A polarização recente, aliás, se confirma no retrospecto geral do futebol paraibano. Botafogo e Campinense são os maiores papa títulos do Estado, com 27 e 20 conquistas, respectivamente.
Acha pouco?
Que tal adicionar a essa rivalidade desenhada no estadual uma Copa do Nordeste do Campinense e um Campeonato Brasileiro Série D do Botafogo, ambas conquistas mais importantes do futebol paraibano, e que foram alcançadas justamente nesse período de polarização?
Some-se a isso o ingrediente territorial. As duas equipes representarem João Pessoa e Campina Grande, as “rivais” que disputam fatias econômicas e políticas da Paraíba.
Talvez por tudo isso os últitmos embates envolvendo raposeiros e botafoguenses tenham sido disputados de forma tão acalorada, dentro e fora de campo. E tirando os excessos cometidos pelas duas partes, como provocações gratuitas e até agressões, essa rivalidade só faz bem ao futebol paraibano, que aguardará sempre com expectativa o próximo embate.
E que seja na final deste ano.
Quem levará a melhor desta vez?
Só os deuses do futebol – sempre eles – ousariam palpitar.
Nas arquibancadas, sobra a certeza: ganhará o bom futebol.
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