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Max Oliveira é graduando em Comunicação Social pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Tem passagens pelas principais emissoras de rádio de João Pessoa, onde atuou fazendo cobertura esportiva. Atualmente é comentarista e colunista do Mais PB.
Futebol

Chapa Branca

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publicado em 03/03/2016 às 16h44

Em qualquer lugar do mundo é assim: a federação organiza o campeonato, os clubes disputam os jogos, os torcedores pagam o ingressos para assistir as partidas, enquanto a imprensa faz a cobertura – a repercussão, nesse caso, pode ser positiva ou negativa, a depender da qualidade do evento e dos fatos que o cercam. Certo?

Na teoria sim. Mas, na prática, é comum, infelizmente, acontecerem falhas em todos os agentes desse processo que chamamos de futebol – e isso também acontece em qualquer lugar do mundo. Mas quero me reportar a Paraíba e a parte da qual faço parte, a imprensa esportiva.

É lamentável que colegas não compreendam o seu verdadeiro papel nesse jogo, agindo de forma passiva e muitas vezes omissa a cerca dos acontecimentos do futebol paraibano. Claro que não são todos, mas para essa parte, que considero ‘Imprensa Chapa Branca’, vale lembrar uma regra básica que deve sempre nortear a nossa profissão:

Imprensa não foi feita para agradar.

O atual Campeonato Paraibano, por exemplo. Problemas como a liberação de laudos dos estádios em cima da hora, suspeita de divulgação de borderô errado e até marcação de gramado de campo de futebol sendo feita minutos antes do início de uma partida, passaram praticamente desapercebidos de boa parte do público que acompanha o futebol paraibano por conta da atuação da “Imprensa Chapa Branca’.

Tem ainda aqueles que recebem uma mercadoria de má qualidade e querem repassar para o torcedor a ilusão de que ele está consumindo um produto de primeira. A justificativa é exdruxula: “é o nosso campeonato, é da nossa terra, então temos que bater no peito e dizer que é o melhor do mundo”.

O bom é que o próprio torcedor sabe que não é, o que não significa dizer que ele não queira ter o melhor. Para isso terá que ser exigente, cobrarando dos dirigentes as melhores contratações para o seu time, da federação a melhor organização e da imprensa uma cobertura digna ao ponto de deixa-lo bem informado.

Mas a Imprensa Chapa Branca quer viver sempre na zona de conforto, silente e passiva. Ela não gosta de provocar os dirigentes, técnicos ou os jogadores, no bom sentido, claro, para cobrar que cada um jogue bem na sua posição. E se isso não acontece, o futebol paraibano é quem entra na zona de conforto, mesmo tendo que correr atrás de um placar que lhe é desfavoravel em relação a outros estados.

Por isso, ‘Imprensa Chapa Branca’, antes que digam que sou do contra, usando o velho discurso de que não se pode expressar o contraditório, sob pena de prejudicar o nosso futebol, convoco para uma reflexão:

– A omissão faz bem a quem?

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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