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Médica do Isea participa de sessão sobre Zika

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publicado em 25/02/2016 às 16h52
atualizado em 25/02/2016 às 13h56

O Senado federal realizou nesta quinta-feira (25) uma sessão especial para discutir as dimensões da epidemia de Zika vírus no Brasil. O debate temático também teve objetivo de averiguar os meios para conter a propagação do mosquito Aedes aegypti nos municípios brasileiros.

A médica Adriana Melo, do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida  (Isea), que lidera as pesquisas sobre a síndrome congênita do Zika em Campina Grande foi uma das convidadas para discutir o tema com o ministro da saúde, Marcelo Castro, e os parlamentares. As pesquisas da médica foram noticiadas em publicações do Brasil e exterior.

Na explanação que fez aos senadores, a pesquisadora do Isea detalhou como iniciou os estudos que ajudaram a estabelecer a relação entre o Zika vírus e os casos de malformações em bebês.  Adriana Melo também chamou atenção para a gravidade dos casos de malformações que estão surgindo na Paraíba. “Me angustia muito tratar esses casos, como da microcefalia. Os padrões encontrados mostram que o problema vai muito além. Por isso, precisamos de mais investimentos em pesquisas”, disse.

A médica também destacou, sobre a necessidade da criação de serviços de atenção especializada às gestantes e aos bebês que nascem com malformações em decorrência da nova síndrome congênita. “Em Campina Grande, a Prefeitura conseguiu criar, em tempo recorde, um ambulatório especializado para atender estes casos. No entanto, precisamos de apoio financeiro para custear mais exames e ampliar o número de especialidades médicas oferecidas no serviço”,  ressaltou.

O senador paraibano Cássio Cunha Lima, que fez o requerimento para que a médica do Isea participasse da sessão especial no Senado, parabenizou o trabalho da pesquisadora. “A participação da Dra. Adriana Melo, nesta sessão, é uma honra para Campina Grande e para todos os que fazem o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida. Temos agora que estar todos unidos no enfrentamento desse desafio nacional, que, obviamente, não tem fronteiras, não tem cor partidária, não tem limites na defesa da nossa população”, declarou.

Preocupação mundial – As pesquisas da médica Adriana Melo estão sendo acompanhadas por cientistas de todo o mundo. Na semana passada, ela participou de um Simpósios Internacional sobre Medicina Fetal, realizado em Miami, ocasião em que apresentou os primeiros resultados dos estudos feitos em Campina Grande. O evento foi acompanhado, por videoconferência,  em mais de 500 centros de pesquisa localizados em doze países. Em março próximo, Adriana Melo vai apresentar sua pesquisa na reunião geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), em Genebra, na Suíça.

MaisPB

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