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Esposa e mais sete são presos por morte de coronel em Brasília

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publicado em 17/05/2015 às 18h59

Um dos homens presos por ficar com o carro do coronel Sérgio Murilo Cerqueira – morto na noite de sexta-feira (15) com um tiro na cabeça por suposta encomenda da mulher – já havia sido detido há 15 dias por suspeita de roubo a comércio no Distrito Federal, de acordo com a Polícia Militar. Na ocasião, o rapaz, de 21 anos, estava com uma arma falsa e uma faca, mas foi liberado da delegacia porque a vítima não quis registrar a ocorrência. O crime ocorreu no Lago Sul, área nobre de Brasília, e foi denunciado por uma testemunha.

O jovem é um dos que foi localizado na madrugada deste sábado (16) saindo de uma festa com o veículo do militar. Ele foi autuado por receptação. Até agora oito pessoas foram presas por envolvimento com o crime: a mulher e a cunhada da vítima, três homens e uma mulher que o abordaram e dois homens que receberam o carro dele, após a morte. A Polícia Civil informou que apreendeu a arma usada no crime, um revólver calibre 38.

De acordo com o diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba, está descartada a hipótese de latrocínio. A suspeita é que o crime tenha sido planejado para que a mulher, que estava se separando do coronel, de 43 anos, ficasse com a pensão pela morte dele, prevista em R$ 10 mil. Ela negou a acusação, mas a irmã dela confessou o crime. O casal tem uma filha de 13 anos.

O corpo do coronel foi encontrado pela Polícia Militar às 3h com um tiro na nuca no Núcleo Rural Aguilhada, em São Sebastião, a 26 quilômetros de distância do local da abordagem. Um major do Exército acompanhou a equipe e reconheceu a vítima.

A Delegacia de Repressão a Sequestros da Polícia Civil ainda trabalha no levantamento de provas para o inquérito policial, que será enviado à Justiça. Em nota, o Exército informou que o corpo seria transportado ainda neste sábado (16) para o Rio de Janeiro, onde será sepultado. A corporação disse, ainda, que está prestado “todo o apoio à família do militar e cooperando com as investigações das polícias civil e militar do Distrito Federal”.

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A hipótese inicial da polícia era de sequestro seguido de homicídio. O major e a mulher dele foram abordados por quatro pessoas quando chegavam de carro a um prédio da 208 Norte. A mulher foi deixada no local, mas os criminosos mantiveram-no refém dentro do automóvel.

A equipe da PM achou o carro da vítima ao lado de uma casa, onde havia uma festa. Os policias esperaram a dupla deixar a comemoração para deter os suspeitos. Um adolescente de 17 anos e um adulto suspeitos de envolvimento no crime foram detidos pouco depois.

De acordo com a polícia, os homens tentaram fugir e houve perseguição. “Eles entraram em uma festa logo depois de cometer o crime, e a PM fez uma campana esperando os dois saírem. Daí eles saíram, e a gente conseguiu prender depois de uma perseguição, porque eles se evadiram. E a frieza impressionou os policiais, por eles terem acabado de cometer um homicídio e irem se divertir em uma festa”, disse o capitão Michello Bueno.

G1

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