João Pessoa, 27 de abril de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O advogado Gilvan Freire analisou a ‘quebra de braço’ entre a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), e o desembargador Márcio Murilo, sobre comentário feito pelo magistrado acerca do pagamento de honorários sucumbenciais em página do Facebook.
Em artigo, o advogado lembrou que em um processo judicial existem, pelo menos, três verdades: a verdade de uma parte; a verdade da outra parte; e a verdadeira. Gilvan disse que existem quatro verdades na polêmica entre a OAB e o desembargador Márcio Murilo, e destaca a sociedade como a possuidora da versão verdadeira.
Para Gilvan, a verdade do Judiciário estaria no direito de que todo cidadão tem de se expressar. Segundo Freire, o desembargador não pode ser tolhido dessa prerrogativa, que julga fundamental.
Quanto à Associação dos Magistrados, Gilvan disse que a entidade atuou em defesa de seu associado, mas acredita que essa postura deve ser ampliada para que haja um despertar para seu papel social.
Em relação à OAB, o advogado disse que o tema deve contar também com a participação do jurisdicionado, e não apenas por quem ‘recebe a fatura’.
Por fim, Freire chama a atenção para a necessidade de cada parte envolvida abordar o assunto de forma a achar uma verdade que sirva a todos, e não se apegarem a um conceito que contemple seus próprios anseios.
Relembre o caso
O desembargador questionou se era justo o advogado receber tais honorários em sua integralidade, mesmo já tendo sido remunerado pelo cliente para atuar em sua defesa.
Diante do comentário, a OAB-PB lançou nota contra o magistrado, que se esquivou dizendo que seu comentário teve caráter “acadêmico e impessoal”.
A Associação dos Magistrados da Paraíba saiu em defesa de Márcio Murilo e repudiou a nota emitida contra ele.
MaisPB
EVENTO - 18/04/2024