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Operação da PF prende 39 por fraudes no seguro DPVAT

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publicado em 13/04/2015 às 13h48

A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta segunda-feira (13) uma operação de combate a fraudes no seguro obrigatório de danos pessoais, o DPVAT. A operação, denominada Tempo de Despertar, acontece nos estados de Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro.

As fraudes podem atingir o montante de R$ 28 milhões, diz a PF. Segundo a polícia, 39 pessoas já foram presas – entre elas 10 agentes e um delegado da Polícia Civil, um policial militar, oito advogados, três médicos, dois fisioterapeutas e 14 empresários.

Estão sendo cumpridos 229 mandados judiciais, sendo 41 de prisão, 7 de conduções coercitivas – quando a pessoa é levada para depor – e 61 mandados de busca a apreensão, além de 12 afastamentos de cargo público, 51 sequestros de bens e 57 afastamentos de sigilo bancário.

Segundo o delegado da PF Alexandre Leão, havia várias frentes de atuação, vários núcleos, que não estavam necessariamente interligados no esquema.

“As fraudes eram de toda ordem, na área judicial, com ações judiciais propostas para receber o seguro de forma fraudulenta, outra relacionada a processos administrativos baseados em ocorrências ideologicamente falsas e mais uma com base em documentos médicos adulterados”, explica o delegado.

Seguradoras

Ele também afirma que o diferencial desta operação é que ficou demonstrada a participação das próprias seguradoras que compõem o consórcio do seguro.

O DPVAT é um seguro obrigatório pago por motoristas para indenizar vítimas de acidentes de trânsito causados por veículos.

O delegado disse também que somente em 2014, o seguro arrecadou R$ 5 bilhões.

“Os primeiros levantamentos desta operação indicam que pelo menos R$ 25 milhões foram pagos indevidamente’, disse Leão.

Segundo a investigação, o grupo criminoso usava várias maneiras para fraudar o seguro, como falsificação de assinaturas em procurações e declaração de residência falsa. Em alguns casos, o pagamento do seguro era autorizado mesmo sem a documentação necessária ou com base em laudos médicos e ocorrências policiais falsificadas.

Ainda segundo a polícia, estão envolvidos na fraude médicos, dentistas, fisioterapeutas, servidores públicos, policiais civis e militares e agenciadores de seguros.

Globo

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