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Qualidade no transporte coletivo

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publicado em 20/03/2015 às 17h08

De acordo com pesquisa da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), sediada em Brasília/DF, as principais queixas dos usuários do transporte público, em todas as cidades brasileiras, a respeito da (má) qualidade dos serviços neste setor, correspondem ao descumprimento dos horários e ao tempo de espera nos pontos de embarque/desembarque.

Estas queixas, como representativas das cidades brasileiras, obviamente também abrangem a cidade de João Pessoa, onde pesquisa específica igualmente aponta que os pessoenses usuários do transporte coletivo mais reclamam é do descumprimento dos horários e a conseqüente demora nos pontos de parada dos ônibus!

Esta situação, que, como já exposta, é nacional, seria culpa de quem?!

A resposta está (também) em um importante vídeo produzido pela já citada NTU, intitulado “Como funciona o transporte público – Episódio 5: Qualidade”. A propósito, como aqui já caracterizado, este vídeo corresponde ao quinto de uma série em que o 1º foca o tema “Responsabilidades”, o 2º refere-se a  “Custos”, o 3º a  “Tarifas” e o 4º a  “Investimentos”. Estes vídeos podem ser vistos acessando-se o “site” da NTU (www.ntu.org.br) e nele se buscando o respectivo “youtube” (ou o espaço “galerias” que mostra os “últimos vídeos”.

Mas, voltando especialmente ao vídeo do episódio 5 (Qualidade no transporte público), está demonstrado que nos últimos 20 anos não houve investimento na infra-estrutura do transporte coletivo por ônibus, tendo por exceções tão somente os casos dos BRTs apressadamente preparados em função da recente Copa do Mundo.

Esta falta de ação para melhor qualificar o transporte público teve, como contrapartida, o aumento vertiginoso no número de carros graças a uma série de incentivos oficiais, de tal modo que nas últimas décadas houve uma perda contínua de passageiros nesse mesmo transporte público. E daí se criou um círculo vicioso, vez que menos usuários (sem a diminuição da frota) representa passagens mais caras, que implica na diminuição no número de passageiros o que repercute em diminuição na receita que provoca o desequilíbrio econômico-financeiro desse serviço que por fim causa a perda da qualidade deste mesmo serviço.

Como se vê, a qualidade do transporte público mais depende em investimentos públicos na infra-estrutura desse setor, minimamente na instalação de faixas exclusivas para os ônibus, a fim de propiciar o cumprimento dos horários das viagens e conseqüente diminuição no tempo dos usuários nos pontos de embarque/desembarque. Mas – claro – precisa mais, em razão do que e sobre o que brevemente voltaremos ao assunto.

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