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Pró Dilma x Contra Dilma

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publicado em 15/03/2015 às 12h00

Tomara que as lideranças desses dois movimentos, o Pró Dilma e o Contra Dilma, estejam mesmo pensando no bem do Brasil. E se assim estão, significa que, tanto um como outro, realmente propugnam que, antes mesmo de atendimento às suas regalias pessoais, sejam melhoradas as condições de vida do povo (povo, na expectativa aqui focada, mais representado por quase 80% que formam as classes E, D e Cmas que também não se esquece da importância e das garantias jurídico-econômicas que precisam ter os que constituem as classes B e A).

E isto deve prevalecer em nome da própria Constituição brasileira, que propugna, em seus objetivos, os de “constituir uma sociedade livre, justa e solidária” e “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”, tendo em seus fundamentos  “os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa”.

Esses dois movimentos, o Pró Dilma e o Contra Dilma, sendo puros em suas intenções de defesa da seriedade e do desenvolvimento social e da sustentabilidade econômica, não podem deixar-se contaminar por dados reais ou fictícios de que a mobilização realizada na sexta-feira 13 contou com “x” pessoas (informada pela Polícia Militar) ou se “y” nesse engajamento pelas ruas do Brasil. Idem idem em relação à mobilização deste domingo, dia 15: se foram “x” pessoas (informação dada pela Polícia Militar) ou se “y” (informação dos organizadores).

Se estes dois movimentos são mesmo puros em suas intenções, mais importa que fizeram ecoar que há, neste país, um povo agora mais vigilante, um povo que não admite ser traído, um povo que quer respeito às regras da Democracia, um povo que acredita que não há regime melhor do que o democrático, mas que este regime, para ser de fato o melhor, tem de ser obedecido em todas suas regras, inclusive ao de respeito “à livre manifestação do pensamento”, e garantindo a “preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”, além, sobretudo, reiterando e preservando o “direito e ir e vir”.

Para tanto, as autoridades e instituições pertinentes devem garantir a ordem e o direito de ir e vir ao povo, e não a uma parte do povo – muitas vezes uma partícula, bem ínfima, que fecha ruas, cria caos ao trânsito e as autoridades ficam como a protegê-las, em vez de proteger a população e a esta dar garantias no direito de ir e vir. Sem a preservação e real cumprimento das regras democráticas, a Democracia pode virar outra coisa.

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