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NA JUSTIÇA

Dois anos após morte do líder do Charlie Brown, briga com’Hermano’ continua

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publicado em 07/03/2015 às 09h58
Marcelo com hematoma no rosto, resultado da briga em 2004

Dois anos após a morte de Alexandre Magno Abrão, o Chorão, a briga entre o líder do Charlie Brown Jr. e Marcelo Camelo ainda vive nos tribunais. O processo, que passou por reviravoltas nos últimos onze anos, está em fase de execução de honorários de sucumbência.

Em julho de 2004, Chorão e Marcelo Camelo se envolveram numa briga no aeroporto de Fortaleza a caminho de Terezina, onde as bandas Charlie Brown Jr. e Los Hermanos se apresentariam num festival.

Ao desembarcarem, o roqueiro foi tirar satisfações com Camelo a respeito de uma declaração dele na imprensa, que havia criticado a banda de Santos por ter participado da propaganda de uma marca de refrigerante.

Os ânimos se exaltaram e Chorão deu uma cabeçada e um soco em Marcelo Camelo, que entrou com processos contra o roqueiro nos tribunais de justiça do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Na capital carioca, a banda Los Hermanos pediu indenização por danos morais e materiais. Já em terras paulistanas, o grupo exigiu mais R$ 43 mil para compensar os cachês de shows e eventos que foram cancelados após a agressão.

No Rio de Janeiro, Marcelo Camelo teve a primeira vitória e Chorão foi condenado a pagar R$ 10 mil de indenização, mais R$ 7.560,76 para custear os gastos com o hospital. No entanto, o juiz julgou o caso como “culpa concorrente”, ou seja, as duas partes tiveram culpa na briga.

Na sequência, Chorão entrou com um recurso, do qual saiu vencedor: diminiu o valor da indenização para R$ 2,5 mil e também os custos materiais pela metade. Em 2008, o vocalista do Charlie Brown Jr. pagou cerca de R$ 6 mil devidos a Marcelo Camelo.

Em São Paulo, foi a produtora da banda, Amor e Folia, que entrou com um processo contra Chorão. A decisão de culpa concorrente no Rio ajudou o músico de Santos, que saiu vitorioso do embate na capital paulista. A produtora foi condenada pela Justiça a pagar os honorários devidos ao roqueiro.

Ao R7, o advogado de Chorão, Maurício Cury, contou que a produtora Amor e Folia deve aproximadamente R$ 15 mil e que “este processo está na fase de execução de honorários de sucumbência”. Ou seja, ainda não foi pago.

— Até agora não encontramos bens passíveis de penhora da empresa e dos representantes legais. A juíza determinou expedição de ofícios ao Banco Central, Infojud (Delegacia da Receita Federal), Renajud (Detran) para que estes órgãos informem se a empresa e os sócios mantém bens e valores custodiados que poderão ser penhorados.

O valor deve ser pago ao escritório de Cury.

Processo de Pinguim contra Charlie Brown Jr.
Outro processo contra Chorão que ainda corre na Justiça é o do baterista André Luiz da Silva Ruas, mais conhecido como Pinguim. Em 2005, ele entrou para o Charlie Brown Jr. para substituir Pelado. O músico tocou na banda até 2009, quando entrou com um processo por danos morais contra o grupo após um desentendimento com Chorão durante um show.

Antes disso, ele havia entrado com outra ação, na qual pedia indenização alegando insalubridade no trabalho — que foi negada pela Justiça.

Segundo o advogado de Chorão, Pinguim desistiu da ação em que pedia indenização por danos morais.

— O André entrou com uma petição pedindo desistência da ação de indenização. A desistência ainda pende de homologação pelo Juiz da 8ª. Vara Cível de Santos. Esta homologação deve ocorrer nos próximos 30 dias.

Hoje em dia, Pinguim faz parte da banda BULA, na qual é parceiro de Marcão, ex-guitarrista do Charlie Brown Jr. Os dois se uniram a Lena, ex-A Banca, no grupo, que tocará no primeiro dia do Lollapalooza 2015, em São Paulo.

Outro lado
Procurada pelo R7, a assessoria de Marcelo Camelo se prontificou a entrar em contato com o músico para ouvir a versão dele sobre o processo, contudo não conseguiu falar com ele até o momento. Já assessoria de Pinguim reforçou que o ex-músico do Charlie Brown não quer se envolver em polêmicas jurídicas, tanto que desistiu do processo e, inclusive, tem uma música composta em parceira com Marcão e Chorão, que está em seu novo trabalho na banda Bula.

R7

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