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INVESTIGAÇÃO

Valor bloqueado pela Justiça na Operação Lava Jato chega a R$ 118,8 milhões

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publicado em 27/01/2015 às 14h52

A Operação Lava Jato bloqueou, até o momento, R$ 118.857.513,66 das contas e aplicações financeiras de três empresas e de 16 suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção que atuava dentro da Petrobras. O bloqueio foi determinado em novembro do ano passado pelo juiz federal Sérgio Moro (foto), responsável pela operação na primeira instância. A quantia não leva em conta os valores recuperados no exterior.

Entre os suspeitos que tiveram valores retidos judicialmente, estão o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o lobista Fernando Soares, conhecido como “Fernando Baiano” e apontado pelas investigações como operador do PMDB no esquema.

Nas contas e investimentos de Duque foram bloqueados R$ 4.045.446,63. Já Fernando Soares teve pouco mais de R$ 8 mil retidos pela Justiça.

O vice-presidente da construtora Engevix, Gerson de Mello Almada, foi o suspeito com o maior valor bloqueado entre todos os investigados: R$ 37.501.580,02. O valor é maior do que os R$ 20 milhões determinados por Sérgio Moro no ano passado e já foi motivo de contestação por parte da defesa de Almada.

A segunda quantia mais alta é do ex-presidente e ex-conselheiro da Queiroz Galvão, Ildefonso Colares Filho, que teve pouco mais de R$ 18 milhões bloqueados. Depois dele, o executivo com maior valor retido é o presidente da Área Internacional da OAS, Agenor Franklin Medeiros, que teve R$ 11,9 milhões bloqueados judicialmente.

Empresas

Até o momento, também foram bloqueados R$ 6,5 milhões nas contas da Hawk Eyes Administração de Bens; R$ 6,6 milhões nas contas da Technis Planejamento e Gestão em Negócios; e R$ 151,6 mil nas contas da D3TM Consultoria e Participações.

Em depoimento à Polícia Federal, o executivo Júlio Camargo, da Toyo Setal – fornecedora da Petrobras –, afirmou que Fernando Baiano é um dos sócios da Technis Planejamento e Gestão. Camargo também disse acreditar que a Hawk Eyes Administração de Bens seja de propriedade do cunhado de Baiano.

Veja abaixo os valores bloqueados pela Justiça:

Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional da OAS: R$ 11.999.872,66

Dalton dos Santos Avancini, presidente da Camargo Corrêa: R$ 3.378.789,68

Eduardo Hermelino Leite, vice-presidente da Camargo Corrêa: R$ 4.728.421,16

Erton Medeiros Fonseca, diretor-presidente de Engenharia Industrial da Galvão Engenharia: R$ 9.064.215,67

Fernando Soares, conhecido como “Fernando Baiano”, lobista apontado como operador da cota do PMDB no esquema de corrupção: R$ 8.873,79

Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix: R$ 37.501.580,02

Ildefonso Colares Filho, ex-diretor-presidente da Queiroz Galvão: R$ 18.143.300,59

João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa: R$ 2.783.400,41

José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS: R$ 67.903,99

José Ricardo Nogueira Breghirolli, funcionário da OAS: R$ 691.177,12

Othon Zanoide de Moraes, diretor-executivo da Queiroz Galvão: R$ 1.148.552,68

Renato de Souza Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras: R$ 4.045.446,63

Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da UTC: R$ 10.504.126,98

Sérgio Cunha Mendes, diretor-vice-presidente-executivo da Mendes Junior: R$ 734.615,62

Valdir Lima Carreiro, diretor-presidente da IESA: R$ 32.366,77

Walmir Pinheiro Santana, responsável pela UTC Participações: R$ 663.964,87

Empresas:
D3TM Consultoria e Participações: R$ 151.647,42

Hawk Eyes Administração de Bens: R$ 6.565.741,41

Technis Planejamento e Gestão em Negócios: R$ 6.643.516,19

G1 (Foto: Gil Ferreira)

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