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CRM interdita UTI neonatal de Patos

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publicado em 12/04/2019 às 17h12
atualizado em 12/04/2019 às 15h26

 O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) interditou eticamente os médicos que atuam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e  na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCIN) do Hospital e Maternidade Peregrino Filho, na cidade de Patos, Sertão paraibano, após fiscalização realizada nesta sexta-feira (12).

As unidades, segundo o CRM, não contam com materiais básicos para o internamento de crianças, como sonda nasogástrica, álcool 70%, PVPI, tubo endotraqueal, anti convulsivantes, fios, filtros para as incubadoras, dentre outros. Com isso, não têm condições de prestar um atendimento adequado, colocando em risco a vida dos pacientes e o ato médico. A interdição tem início a zero hora deste sábado (13) e os médicos estão impedidos de prestar os seus serviços nessas unidades.

Além desses problemas, a equipe de fiscalização do CRM-PB encontrou outros problemas já verificados na inspeção realizada no dia 21 de março, como a falta de medicamentos. “Mas desta vez, observamos que houve uma melhora no estoque de medicamentos, apesar de ainda haver algumas faltas”, disse o diretor de fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa. No final de março, o CRM-PB encontrou o hospital com medicamentos que só dariam para ser usados por mais dois dias. O conselho cobrou providências do Governo do Estado e denunciou a situação ao Ministério Público Estadual e Federal.

Nesta sexta-feira, o CRM-PB fiscalizou também em Patos, o Hospital Regional Deputado Janduhy Carneiro. De acordo com o diretor de fiscalização, João Alberto Pessoa, o hospital apresenta problemas gravíssimos em sua estrutura física, além da falta de medicamentos e laboratório precário. “O hospital apresenta um clima de guerra em vários setores. No Centro Cirúrgico há péssimas condições, como um esgoto que se abre a cada sete dias para limpeza, infiltrações nas paredes, ar condicionado com vazamento e baldes para conter a água, piso de concreto. São muitos problemas a serem resolvidos”, disse o diretor do CRM-PB.

A UTI também não presta um atendimento adequado, com a falta de equipamentos, como monitores, por exemplo. Além disso, o hospital sofre com a superlotação. “Realmente, o hospital presta um serviço precário. Mas não temos como interditá-lo por completo, pois ele atende uma grande parte da população do Sertão. Por isso, daremos um prazo de 20 dias (a contar a partir da entrega do relatório do CRM-PB) para que sejam sanadas, pelo menos, os problemas na área física”, explicou João Alberto.

Ainda em Patos, a equipe de fiscalização do CRM-PB inspecionou também o Hospital Infantil Noaldo Leite, onde não foram encontradas irregularidades que comprometessem o seu funcionamento. “Felizmente, esta unidade hospitalar estava funcionando bem”, afirmou João Alberto. O três hospitais fiscalizados em Patos são estaduais sendo, a maternidade e o Janduhy Carneiro administrados pela Organização Social (OS) Gerir.

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