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Começa campanha de vacinação contra HPV

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publicado em 17/03/2019 às 17h33
atualizado em 18/03/2019 às 03h24
Foto: Ivomar Gomes/Secom-JP

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) começa, nesta segunda-feira (18), uma campanha para intensificar a vacinação contra o papilomavírus humano, o HPV. Até o dia 5 de abril, devem ser vacinados meninos de 11 a 14 anos e meninas de 9 a 14 anos de idade. A vacina estará disponível em todas as salas de vacinas da rede municipal de saúde e nas escolas da rede pública.

De acordo com Fernando Virgolino, chefe da seção de imunização da SMS, a campanha é uma estratégia de intensificação para captar os adolescentes e melhorar a cobertura vacinal. “Essa é uma campanha feita pelo município para intensificação da vacinação de HPV nos adolescentes. Essas vacinas estão disponíveis rotineiramente nas Unidades de Saúde da Família, mas estamos intensificando nas escolas para captar aqueles adolescentes que não procuram as USF para serem vacinados”, explica Fernando Virgolino.

Para que a criança e/ou adolescente receba a dose da vacina HPV quadrivalente na escola, é necessário que os pais ou responsável tenham assinado o termo de autorização, entregue previamente, além de estar portando o Cartão de Vacinação.

“A vacinação é uma forma de proteger a criança e o adolescente dos riscos causados pelo vírus, antes mesmo do início da vida sexual, ou seja, antes do contato com o vírus. Para isso, precisamos do apoio dos pais e responsáveis para que levem seus filhos até as salas de vacinação ou autorizem a vacina na escola e dessa forma contribuam para fechar o ciclo de circulação do vírus e reduzir a incidência do HPV”, explica o chefe da seção de imunização da SMS.

O calendário da vacina nas escolas está sendo definido de acordo com o cronograma escolar e das Equipes de Saúde da Família responsáveis pelo território.

Esquema Vacinal – Meninos e meninas devem tomar duas doses da vacina HPV, com intervalo de seis meses entre elas. Para os meninos, a estratégia tem como objetivo proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV. Os cânceres de garganta e de boca são o 6º tipo de câncer no mundo, com 400 mil casos ao ano e 230 mil mortes. Além disso, mais de 90% dos casos de câncer anal e orofaringe são atribuíveis à infecção pelo HPV.

Nas meninas, o principal foco da vacinação é proteger contra o câncer de colo do útero, vulva, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas; verrugas genitais e infecções causadas pelo vírus.

Vírus – O papilomavírus humano, o HPV, possui diversos subtipos capazes de infectar a pele ou as mucosas do trato ano-genital e que podem ocasionar o câncer de colo de útero, o terceiro tumor mais frequente na população feminina – atrás do câncer de mama e do colorretal – e a quarta principal causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

A infecção pelo HPV é muito frequente, mas transitória, regredindo espontaneamente na maioria das vezes. Nos casos em que a infecção persiste, a causa é um tipo viral oncogênico, ou seja, com potencial para causar câncer. O vírus pode ocasionar lesões precursoras que, se não forem identificadas e tratadas, podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.

Transmissão – O HPV é transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. A vacina confere proteção contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacinal.

O uso do preservativo (camisinha) masculino ou feminino nas relações sexuais é outra importante forma de prevenção do HPV. Contudo, seu uso, apesar de prevenir a maioria das infecções sexualmente transmissíveis, não impede totalmente a infecção pelo HPV, pois, frequentemente as lesões estão presentes em áreas não protegidas pela camisinha (vulva, região pubiana, perineal ou bolsa escrotal). A camisinha feminina, que cobre também a vulva, evita mais eficazmente o contágio se utilizada desde o início da relação sexual.

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