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Ex-padrasto nega ter participado de homicídio

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publicado em 28/02/2019 às 16h10
atualizado em 01/03/2019 às 03h46
(Foto: Caroline Queiroz/MaisPB)

Acusado de ser coautor da morte da estudante Rebeca Cristina, de 15 anos, o cabo da Polícia Militar, Edvaldo Soares, negou, na tarde desta quinta-feira (28), qualquer envolvimento com o crime que aconteceu em 2011. O militar chorou durante o depoimento no seu júri popular, que acontece no Fórum Criminal de João Pessoa.

Concluído o depoimento do réu, o julgamento teve uma pausa. No retorno, Ministério Público, advogado de acusação e defesa irão apresentar suas argumentações por um período estimado de cinco horas. A expectativa é que o julgamento seja concluído por volta das 21h.

No dia 11 de julho de 2011, o corpo de Rebeca foi encontrado na Mata de Jacarapé, às 14h30. A adolescente de 15 anos foi estuprada e assassinada no trajeto entre sua casa e o Colégio da Polícia Militar, em Mangabeira VIII, Zona Sul de João Pessoa. Segundo o processo, o Cabo Edvaldo estaria acompanhado de indivíduo ainda não identificado, quando, em tese, teria praticado os crimes.

Mãe de Rebeca cobra justiça 

A mãe da adolescente Rebeca Cristina, Tereza Cristina, cobrou Justiça, na manhã desta quinta-feira (28), durante julgamento do seu ex-marido, Edvaldo Soares dos Santos, pelo estupro e assassinato da adolescente, em 2011.

“Eu espero Justiça. É a única coisa para a minha filha. Que esses oito anos não tenham sido de uma luta em vão. Confio no Poder Judiciário e que o juiz decida quanto vale uma vida com tantos sonhos”, destacou.

Tereza Cristina acredita na participação de outra pessoa no crime, mas sustenta não ter dúvidas de que Edvaldo seja culpado pelo homicídio. Ela relatou ser difícil ficar frente a frente com o acusado.

Depoimento de testemunhas 

O julgamento teve início da manhã. A primeira testemunha, com identificação oculta por questão de segurança, contou ao júri que era vizinha de Edvaldo. Segundo ela, o suspeito era considerado membro da família e, ainda assim, tentou estuprá-la. A mulher, que na época da agressão tinha 13 anos, contou ainda que o suspeito invadiu a residência de madrugada, tentou desacordar a mãe dela e logo após foi até seu quarto.

Segundo a jovem, a mãe dela, que considerava Edvaldo como filho, também foi agredida. Na noite em que entrou na residência, o ex-padrasto de Rebeca encheu uma fralda com éter e tentou dopá-la. Como resistiu, chegou a ser agredida.

Durante sua fala, a mulher ainda contou que, antes da tentativa de estupro, o acusado costumava ter atitudes suspeitas, chegando até a tentar beijá-la e observá-la tomar banho.

A melhor amiga de Rebeca relatou que a vítima havia visto conversas no celular de Edvaldo que indicavam um relacionamento extraconjugal com outro homem. Ao ser questionado pela enteada, o padrasto começou a tratá-la de forma diferente.

Um ex-colega de trabalho de Edvaldo também foi testemunhou ao júri o que sabia do caso. Ele trabalhava no presídio do Roger junto com o acusado. Segundo a testemunha, o homem estava escalado para o dia do crime, mas não lembra se o suspeito foi trabalhar na ocasião.

Acusação versus defesa 

O advogado responsável pela defesa do cabo Edvaldo Soares dos Santos, Wagner Martins, alegou que não existem provas que liguem o réu ao assassinato da adolescente Rebeca Cristina, ocorrido em 2011.

A defesa espera que Edvaldo Soares seja inocentado das acusações que pesam contra ela. Conforme o advogado, não foi provada a culpa de Edvaldo no caso. Ele aguarda a versão das testemunhas entre elas a do delegado responsável pelas investigações.

O papel do cabo da Polícia Militar Edvaldo Soares da Silva foi integral no crime que resultou na morte de sua enteada, Rebeca Cristina Alves Simões, em 2011, é o que aponta o promotor Manoel Leite.

“Ele tinha a notícia de que a jovem tinha descoberto um romance extraconjugal. Começou a presenteá-la, chantageá-la e a partir daí ele criou esse plano, diversos álibis para ser isento de qualquer suspeita mas não funcionou”, disse o promotor em entrevista ao Portal MaisPB.

O Ministério Público sustenta que Edvaldo Soares é co-autor material do crime, levando em consideração que um segundo homem, não identificado, participou do crime.

MaisPB

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