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Polícia apreende R$ 14 mi após trocar tiros com agentes

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publicado em 20/10/2018 às 14h45

A Polícia Civil de Minas Gerais apreendeu R$ 14 milhões em notas de R$ 100, após uma troca de tiros que envolveu policiais civis de Minas Gerais e de São Paulo, na última sexta-feira (19).

Um policial da corporação mineira foi morto no confronto e nove agentes da polícia paulista foram presos. O dinheiro estava no estacionamento do Hospital Monte Sinai, na cidade de Juiz de Fora (MG).

De acordo com o boletim de ocorrência, a quantia era formada apenas por notas de R$ 100 e, em sua maioria, “aparentam ser falsas”, embora existam algumas verdadeiras.

O dinheiro estava dentro de seis malas no porta-malas de um Toyota Etios, cinza, com placas de Belo Horizonte. O veículo, que estava estacionado no hospital, foi apreendido.

A SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo) informou ao R7 que ainda apura o caso.

Porém, a pasta já emitiu um comunicado em que afirma que “o delegado divisionário da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo está em Juiz de Fora em contato constante com a Polícia Judiciária mineira para auxiliar pessoalmente nas investigações, a fim de apurar todas as circunstâncias do caso”.

O comunicado da SSP ressalta que a pasta “não compactua com desvios de conduta de seus agentes e, caso haja alguma irregularidade, os envolvidos serão responsabilizados.”

Agência Record entrou em contato com a Polícia Civil de São Paulo, que informou que “equipes do GOE (Grupo de Operações Especiais) estão a caminho de Juiz de Fora para levantar informações.”

O R7 também contatou, por e-mail e telefone, a assessoria da SESP-MG (Secretaria de Estado de Segurança Pública de Minas Gerais) e foi informado que a secretaria ainda aguarda “o final do procedimento investigativo, que está em andamento em Juiz de Fora, para passar um posicionamento.”

Em outro contato, com a Polícia Civil de Minas Gerais, a reportagem foi informada pela delegacia de plantão de Juiz de Fora que o caso segue em apuração e pode levar mais tempo do que o normal, já que o ocorrido envolve policiais de outro Estado.

Apuração do crime

Uma das hipóteses investigadas é que tiroteio ocorreu durante a negociação de um lote de medicamentos para anestesia, fruto de contrabando, para o hospital. Agentes civis de Minas Gerais teriam descoberto a transação e foram ao local para apreender o dinheiro.

A apuração preliminar aponta que o policial mineiro foi morto por um informante, que acompanhava os policiais civis de São Paulo. Ele seria irmão de um dos agentes de segurança paulistas.

Outra versão sustenta que supostos empresários paulistas contrataram a escolta de policiais civis para acompanhá-los durante uma troca de reais por dólares, que ocorreria em Juiz de Fora.

Os reais falsos teriam sido levados para Minas Gerais de avião particular e, na outra ponta da operação clandestina de câmbio, estaria um empresário de Juiz de Fora, um estelionatário conhecido da polícia.

A negociação deu errado — possivelmente porque o homem que portava os dólares percebeu se tratar de notas falsas de reais — e houve uma troca de tiros. A suspeita é de que os empresários paulistas tenham fugido com os dólares no mesmo avião que os levou até a cidade mineira.

Entenda o caso

Ontem, 10 policiais civis de São Paulo foram detidos por agentes civis de Minas Gerais após o confronto, que terminou na morte de um policial mineiro durante a tarde. A troca de tiros ocorreu no estacionamento do Hospital Monte Sinai, em Juiz de Fora (MG).

Segundo a delegacia de plantão de Juiz de Fora, os policiais paulistas teriam trocado tiros com os policiais civis de Minas Gerais. Ainda de acordo com a Polícia Civil, um policial mineiro morreu e um homem de São Paulo, que não é policial, foi baleado.

Os policiais paulistas foram detidos e levados para a delegacia de plantão de Juiz de Fora, onde permanecem. O caso foi registrado e a Polícia Civil de Minas Gerais investiga o caso.

A assessoria do Complexo Hospitalar Monte Sinai, de Juiz de Fora, informou ao R7 que o caso ocorreu no estacionamento do Centro Médico, prédio do complexo onde estão os consultórios. Segundo o hospital, o caso resultou em uma morte e dois feridos. A vítima fatal era um policial civil de Minas.

Quanto aos feridos, o hospital informou que um deles levou um tiro no abdômen, passou por cirurgia e agora está sedado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). O outro foi alvejado no pé, também passou por cirurgia e agora descansa em um dos apartamentos do hospital. Ambos estão escoltados pela polícia militar local.

R7

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