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viagem ao egito

Mulher de Trump diz não concordar sempre com ele

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publicado em 06/10/2018 às 11h55
atualizado em 06/10/2018 às 08h58

A primeira-dama dos EUA, Melania Trump, chegou ao Egito neste sábado (6), a quarta e última etapa de sua turnê na África, onde planeja visitar as Pirâmides de Gizé. Em rápida declaração a jornalistas, ela disse que nem sempre concorda com os tuítes do marido, Donald Trump, e que diz isso a ele. A primeira-dama comentou ainda que Brett Kavanaugh, que concorre a uma vaga na Suprema Corte, é altamente qualificado e que estava feliz que ele e sua acusadora foram ouvidos. Kavanaugh é acusado de agressões sexuais por três mulheres.

No dia 27 de setembro, o comitê ouviu uma das acusadoras, a professora de psicologia Christine Blasey Ford, que contou ter sido agarrada por Kavanaugh durante uma festa na década de 1980. Ela afirmou que ele tentou tirar sua roupa à força e que acreditou que ele tinha a intenção de estuprá-la. Na época do caso relatado, Christine tinha 15 anos, e ele tinha 17.

Melania Trump ainda negou que Trump tenha feito comentários negativos sobre as nações africanas durante a viagem dela.

Sob rigorosas medidas de segurança, Melania Trump foi recebida no aeroporto do Cairo por Entissar al Sisi, mulher do presidente egípcio, Abdel Fatah al Sisi, antes de se dirigir ao palácio presidencial, de acordo com relatos da mídia local.

A agenda da esposa de Donald Trump prevê uma visita à embaixada dos Estados Unidos e às pirâmides de Gizé, perto do Cairo.

Sua turnê, dedicada principalmente às crianças através de sua campanha “Be Best”, começou na terça-feira em Gana, onde ele visitou um hospital pediátrico e um ex-forte de escravos, depois continuou em Malauí e no Quênia.

Sorrindo e carismática, a ex-modelo de 48 anos visitou na sexta-feira o Fundo David Sheldrick para a Vida Silvestre (DSWT), conhecido por ter desenvolvido um método que permite criar elefantes órfãos no Quênia.

A visita de Melania Trump à África, apresentada como uma turnê “diplomática e humanitária”, não despertou muito entusiasmo.

Porém, o Quênia – país do pai do ex-presidente Barack Obama – é um dos países com melhor avaliação dos Estados Unidos e de Donald Trump, segundo uma pesquisa recente Pew Research.

A pesquisa mostrou que 70% dos quenianos têm uma imagem positiva dos Estados Unidos e que 56% confiam em Donald Trump.

A viagem foi contrastada com a agitação nos últimos dias em Washington, incluindo o processo de confirmação para a Suprema Corte do polêmico juiz Brett Kavanaugh, acusado de abuso sexual e a campanha para as eleições legislativas.

Na quinta-feira, da Casa Branca, o presidente Trump cumprimentou o trabalho de sua esposa em um tuíte.

A relação sólida entre o Cairo e Washington depois dos acordos de Camp David em 1978 foi enfraquecida novamente após a derrubada do presidente Mohamed Mursi em 2013.

A ajuda militar dos EUA ao Egito foi momentaneamente suspensa pelo governo democrata de Barack Obama, que na época criticava as violações dos direitos humanos.

G1

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