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Após abertura de inquérito, CR7 nega acusação de estupro

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publicado em 03/10/2018 às 16h47
atualizado em 03/10/2018 às 14h51
Ronaldo durante vitória da Juve sobre o Napoli Getty

Cristiano Ronaldo se pronunciou após a polícia de Las Vegas reabrir uma investigação criminal a pedido de uma mulher, na qual ele é acusado de abuso sexual, em 2009.

“Nego terminantemente as acusações de que sou alvo. Considero a violação um crime abjecto, contrário a tudo aquilo que sou e em que acredito. Não vou alimentar o espectáculo midiático montado por quem se quer promover à minha custa”, disse o jogador, por meio do Twitter.

“Aguardarei com tranquilidade o resultado de quaisquer investigações e processos, pois nada me pesa na consciência”, relatou.

Na última semana, o advogado Leslie Mark Stovall apresentou uma queixa no Tribunal Distrital do Condado de Clark, alegando que o astro português da Juventus abusou de sua cliente, Kathryn Mayorga, em um quarto de hotel em Las Vegas, em 13 de junho de 2009.

A ação judicial disse que Mayorga pediu à polícia no último mês para reabrir o caso daquele dia. A polícia de Las Vegas, ainda que não mencione Cristiano Ronaldo, confirmou à Associated Press e ao jornal USA Today que o caso reaberto foi trazido pela mulher citada na ação.

A polícia afirmou nesta segunda-feira que atendeu a um chamado na data que Mayorga está alegando em seu processo, mas disse que a vítima “não forneceu detetives com a localização do incidente ou descrição do suspeito” naquele momento, embora um exame médico tenha sido realizado.

“Em setembro de 2018, o caso foi reaberto e nossos detetives estão acompanhando as informações fornecidas pela vítima”, disse um comunicado da polícia. “Essa é uma investigação em andamento e outros detalhes não serão divulgados no momento”.

Leslie Mark Stovall realizou uma queixa no Tribunal Distrital do Condado de Clark na última semana, dizendo que Ronaldo estuprou sua cliente, Kathryn Mayorga, em um quarto de hotel em Las Vegas em 13 de junho de 2009.

Ronaldo negou as alegações em um vídeo pelo Instagram no fim de semana, o qual Stovall respondeu por meio de uma nota.

“A queixa apresentada pela senhorita Mayorga, a evidência física da agressão sexual, respostas a perguntas escritas a respeito da agressão sexual atribuída a Cristiano Ronaldo, as comunicações e conduta do ‘time’ representando Cristiano Ronaldo, as circunstâncias ao redor do proposto acordo para acerto e não divulgação, e os danos psicológicos sofridos pela senhora Mayorga não são ‘fake news’”, escreveu Stovall.

“A decisão da senhora Mayorga em Agosto de 2018 de contatar a polícia e participar na investigação criminal de agressão sexual de 13 de junho de 2009, a atual investigação do Departamento de Polícia Metropolitana de Las Vegas sobre agressão sexual contra a senhora Mayorga, e a existência do Estatudo Revisado de Nevada 171.083 removendo o limite de tempo por processo criminal de agressão sexual no estado de Nevada não são fake news.”

A denúncia alega que Mayorga foi coagida a assinar um acordo de confidencialidade em 2010 em um acerto extrajudicial em troca de US$ 375 mil. Stovall busca um mínimo de US$ 200 mil em danos para sua cliente.

“O trauma psicológico de um abuso sexual, o medo da humilhação pública e a retaliação e a reiteração desses medos pela aplicação da lei e os prestadores de serviços médicos deixaram a requerente aterrorizada e incapaz de agir e advogar por si mesma”, aponta a ação judicial.

Representantes de Cristiano Ronaldo ameaçaram na última semana a processor a revista alemã Der Spiegel por publicar a história, e o jogador falou sobre as alegações em um chat ao vivo no Instagram.

“Vocês querem se promover pelo meu nome. Isso é normal”, afirmou Ronaldo. “Eles querem ser famosos ao dizer meu nome. Mas isso é parte do trabalho. Sou um homem feliz e tudo bem”.

Quando a revista Der Spiegel publicou pela primeira vez sobre o acordo extrajudicial em abril de 2017, em um artigo que não citou o nome da suposta vítima, os representantes de Ronaldo chamaram a história de “um pedaço de ficção jornalística”.

Mayorga disse à revista Der Spiegel que ela decidiu ir adiante depois do movimento #MeToo, que tem feito com que vítimas falem sobre abusos sexuais no passado.

O comunicado do advogado de Mayorga, que também anunciou uma entrevista coletiva para quarta-feira, conclui dizendo que ela espera encorajar vítimas a relatar agressões “não importa quão famosos, endinheirados e poderosos eles possam parecer”.

ESPN

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