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ainda no primeiro turno

Ciro diz aceitar apoio de Alckmin e Marina

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publicado em 03/10/2018 às 16h12
atualizado em 03/10/2018 às 13h14
Ciro Gomes, PDT, conversa com jornalistas em São Paulo Foto: NELSON ALMEIDA / AFP

O candidato do PDT à Presidência nas eleições 2018, Ciro Gomes, disse nesta terça-feira, 3, que aceitaria o apoio de outros rivais na disputa para tentar chegar ao segundo turno, como Marina Silva, da Rede, e Geraldo Alckmin, do PSDB. O pedetista ressaltou, no entanto, que seria uma “indelicadeza” partir dele este movimento. Além disso, Ciro ainda afirmou que Jair Bolsonaro, candidato do PSL, “é mais falso que nota de R$ 3” e que os filhos “são ovinhos de nazitoides”.

“Eu não gosto de oportunismo. Eu estou na política porque gosto da inteligência do povo”, disse Ciro em São Paulo. “Não posso cometer a indelicadeza de pedir a meus adversários que abram mão de suas candidaturas.”

O pedetista disse também que pode incorporar pautas de Marina e de Alckmin em sua campanha. “A Marina é uma pessoa que trabalhou para o Brasil a vida inteira. Do Alckmin, posso adotar algumas coisas. O IVA (Imposto sobre Valor Agregado), por exemplo, é uma proposta minha . Se eu for procurado aceito o apoio deles.”

Ciro voltou a criticar a polarização entre os candidatos do PT, Fernando Haddad, e do PSL, Jair Bolsonaro. Em sua avaliação, “o País está sendo destruído pela política” e é preciso que a campanha retorne a uma discussão programática. ” O PT criou o Bolsonaro e o Bolsonaro criou o PT”, disse. “O meu pedido é a todos os indecisos, que tendo uma preferência admitam mudar de voto.”

O candidato do PDT voltou a falar sobre a marcha de sábado, 29, contra Bolsonaro em diversas capitais do País, que, em sua avaliação, teve um erro de posicionamento que permitiu a ascensão de Bolsonaro nas pesquisas de opinião.

“O ato das mulheres foi a coisa mais linda que aconteceu. A política tem coisas que a gente só vê depois. Eu percebi só depois que quando demos a ideia de ‘ele não’ acabamos trazendo uma polarização que não ajuda nossa causa”, disse. “Agora é hora de dizer sim. O erro foi de posicionamento de marketing. Não tem ele não na urna. Tem 12, 13, 18. Assumam o sim para o seu se não for para mim.”

Ciro ainda descartou abrir mão de alguns direitos trabalhistas para diminuir o desemprego. “Nenhum direito (trabalhista) a menos”, afirmou. “Precisamos achar um caminho inteligente estudando as boas práticas internacionais, como a China e Alemanha.”

No final da entrevista, o candidato instou Bolsonaro a comparecer no debate da Globo, dizendo que “atestado médico falso é crime”.

Estadão

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