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José Dirceu diz em JP que PSDB vai precisar passar por refundação no país

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publicado em 21/09/2018 às 15h14
atualizado em 21/09/2018 às 14h58

O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, afirmou, na tarde desta sexta-feira (21), que o PSDB vai precisar passar por uma refundação no país.

Em entrevista durante lançamento de seu livro, ‘Memórias’, em João Pessoa, o petista considerou que o tucanato sofrerá uma de suas maiores derrotas eleitorais esse ano, inclusive com a candidatura de Geraldo Alckmin, que, segundo ele, pode não passar de 5% dos votos dos eleitores brasileiros.

Por outro lado, Dirceu alegou que  o PT precisa de reformulação. Para ele, o eleitorado se afastou da legenda em 2016, mas isso não significa “decepção” com o ex-presidente Lula e com o partido porque o petista venceria a eleição em primeiro turno.

“O PT não precisa ser refundado. O PSDB precisa ser refundado por conta da crise dele. O PT precisa é renovar e não depender só dos parlamentares do governo. Abrir para a militância, a juventude e os movimentos sociais e atualizar seus programas. O Brasil de 2013 não tem nada com o mundo de 2018. A China não tinha o papel que tinha, Trump não existia e a Europa não vivia a estagnação”, destacou.

Questionado sobre a corrida presidencial, José Dirceu considerou que é histórico a polarização política no país e muitas lideranças e eleitores tendem a migrar para as candidaturas de Bolsonaro e Fernando Haddad, apesar dele achar que isso só deveria acontecer no 2º turno.

“O eleitorado mais conservador, que gosta de dormir com o inimigo não vai votar em Haddad. As lideranças partidárias vão começar a declarar apoio a Bolsonaro ou Haddad e muitas vão insistir no Ciro como opção e outros vão tomar uma decisão. O Brasil é um país ‘blocado’ em matéria de opção política partidária”, destacou.

Saída do governo

José Dirceu revelou mágoa do PT durante a fase das denúncias no ‘escândalo do mensalão’. Ele disse que esperava mais solidariedade da legenda quando deixou o governo e não pressão para sua saída da legenda.

“Aquela cena para mim foi quase um pesadelo. Como pode eu com o papel que tinha terminava daquela maneira a minha participação no governo. Eu dei a minha vida para Lula chegar o governo”, destacou

Reforma política

O petista criticou o atual processo eleitoral, defendeu uma reforma política e  acusou o Supremo Tribunal Federal (STF) de prejudicar os partidos com mudanças de regras aprovadas pelo Congresso Nacional como a lei da fidelidade partidária e do fundo partidário.

“Se queremos a democracia precisamos fazer uma reforma política e partidária no país. Acabar com esse sistema uninominal. Ou é voto distrital, distrital misto ou lista fechada e aberta. Agora não querem porque sabem que vamos ganhar a eleição e acham que a esquerda vai ser favorecida”, destacou.

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Roberto Targino e Albemar Santos – MaisPB

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