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Complexo PB1 já foi alvo de rebelião e tumultos

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publicado em 10/09/2018 às 11h59
atualizado em 10/09/2018 às 09h47
Presídio PB1

Cenário da fuga de 105 detentos na madrugada desta segunda-feira (10), o Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Romeu Gonçalves de Abrantes, conhecido como PB1 já foi alvo de rebeliões. Em 2012, presidiários atearam fogo em objetos durante uma rebelião que durou 18 horas.

Na ação violenta, um detento ficou ferido com um tiro na cabeça e morreu. Na época, a rebelião aconteceu também no PB2 e na penitenciária Flósculo da Nóbrega, conhecido como presídio do Roger. O presídio ficou totalmente destruído e cerca de 150 homens foram transferidos para que unidade fosse restaurada. A suspeita é que a motivação dos detentos tenha sido uma briga entre facções criminosas.

Ainda em 2012, um relatório do Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba (CEDH-PB) alegou relatos de maus tratos contra detentos, celas superlotadas e sujas com fezes. Cerca de 80 detentos faziam greve de fome em protesto por condições melhores dentro da unidade prisional.

Os presos alegavam estar há meses sem tomar banho e sem banho de Sol.  Fotos mostravam homens dormindo amontoados e sem roupas. O Governo do Estado justificou situação e alegou que alojamento precário dos detentos acontecia em ‘caráter emergencial’ devido à descoberta de um túnel em um dos pavilhões.

Em 2014, a tentativa de fuga de três homens resultou em mais uma confusão no complexo. Duas salas foram  incendiadas pelos detentos, que foram detidos em seguida.

Túnel dentro de cela

Em maio deste ano, agentes penitenciários encontraram outro túnel com cerca de 30 centímetros que seria utilizado para a fuga dos detentos ou armazenagem de objetos.

O Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Romeu Gonçalves de Abrantes abrange o PB1 e o PB2, em João Pessoa, e é considerado o presídio mais seguro do estado.

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