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Institutos de Pesquisa revelam pressões na Paraíba

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publicado em 09/07/2018 às 22h47
atualizado em 10/07/2018 às 08h19

Instrumento para criação de estratégias políticas e com poder suficiente para influenciar na hora do voto, as pesquisas eleitorais foram tema de debate no programa Frente a Frente, da TV Arapuan, nesta segunda-feira (09). Quatro especialistas discutiram sobre metodologias e problemas enfrentados pelos Institutos que trabalham na coleta e análise dos dados.

A maioria se posicionou contra a divulgação do resultado das pesquisas, baseados nas rigorosas punições aplicadas pela Justiça Eleitoral, pressão exercida por grupos políticos sobre os institutos de pesquisa e possibilidade de interferência no resultado das eleições.

O cenário ainda indefinido para as eleições de outubro na Paraíba foi o motivo apontado por todos para que nenhuma pesquisa de intenção de votos para o Governo do Estado ainda tenha sido divulgado.

Paulo de Tarso, da Consult, destacou as pesquisas de consumo interno, principalmente qualitativas, como método utilizado para avaliar possíveis alianças e anúncio de candidaturas. Em relação aos problemas enfrentados pelos institutos ele lembrou que precisou justificar 35 vezes pesquisas eleitorais que foram questionadas na Justiça. “Na Paraíba o jogo é bruto, é pesado”, afirmou.

Por sua vez, o consultor de Metodologia e Estratégias Eleitorais do Instituto 6Sigma, afirmou que há seis anos se posiciona contra a divulgação dos resultados das pesquisas. Ele também ressaltou que na Paraíba o institutos são alvos de pressão e muito demandados juridicamente.

Para Emanuelton Borges, do Instituto Alfa, a divulgação de pesquisas causa um dano considerável ao processo democrático. “O eleitor deve escolher o candidato por suas propostas e não por estar na frente nas pesquisas”, avaliou, reforçando que a pesquisa é um instrumento de estratégia e marketing político. “Acho que não traz nenhum benefício”, opinou.

Diferente dos outros especialistas, Bruno Agra, da Datavox, considerou importante a divulgação das pesquisas, no entanto, criticou os questionamentos jurídicos e uma legislação vaga com valores elevados de multa. Ele ainda acrescentou que as pesquisas atuais mostram um percentual que oscila em 25% e 30% no número de votos brancos e nulos.

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