João Pessoa, 02 de julho de 2018 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Em novo adendo (público) às diretrizes sobre uso de redes sociais para sua equipe de jornalismo, a TV Globo vetou oficialmente que profissionais desse setor emitam ou compartilhem opiniões políticas próprias ou de terceiros em redes sociais.
O anúncio foi feito em uma página individual do jornal “O Globo” deste domingo (01).
O texto de abertura, intitulado “Grupo Globo divulga diretrizes sobre uso de redes sociais por jornalistas”, é assinado pelo acionista e presidente do Conselho Editorial do Grupo, João Roberto Marinho.
O segundo texto da página se chama “As Novas Diretrizes”. Ele é uma espécie de adendo ao “manual de etiqueta e comportamento” dos jornalistas da casa em redes sociais
Os profissionais estão liberados para seguir perfis de políticos nas redes quando isso for “fundamental para a cobertura jornalística”.
Porém, curtir, endossar ou compartilhar postagens desses políticos não é mais permitido.
Na “Seção II das Novas Diretrizes –”Como o jornalista deve proceder diante das fontes, do público, dos colegas, do veículo para o qual trabalha e das redes sociais”–, a emissora faz um alerta também aplicativos de mensagens pessoais.
“É evidente que, em aplicativos de mensagens, como WhatsApp e outros, (…) todos têm o inalienável direito de discutir o que bem entender com grupos de parentes e amigos de confiança”, diz o texto.
“Mas, é preciso que o jornalista tenha em mente que, mesmo em tais grupos, o vazamento de mensagens pode ser danoso a sua imagem de isenção e à do veículo para o qual trabalha.”
E conclui: “ (…) Tal vazamento o submeterá (o profissional envolvido) a todas as consequências que a perda de reputação de que é isento acarreta”.
Conforme esta coluna já havia antecipado em dezembro do ano passado, a emissora também acabou com a prática de alguns jornalistas de fazer “check-in” e marcar produtos (como vinhos), marcas e companhias (especialmente restaurantes, empresas aéreas e hotéis) em suas postagens em redes sociais.
Também orienta a todos a não fazer reclamações públicas de nenhuma empresa ou prestadora de serviço em caso de mau atendimento.
Nesse caso o conselho é “silenciar” a respeito para evitar que, após descobrir que o reclamante trabalha na Globo, porventura a empresa lhe ofereça reparação bem maior do que o desserviço ocorrido.
UOL
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