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Malala debaterá em SP educação e papel da mulher

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publicado em 01/07/2018 às 15h48
atualizado em 02/07/2018 às 05h34

A paquistanesa Malala Yousafzai, a mais jovem ganhadora do prêmio Nobel, virá pela primeira vez ao Brasil no próximo dia 9 de julho. Ela vai participar de um evento fechado para convidados, a convite do Itaú Unibanco, em São Paulo, para discutir o papel da educação no desenvolvimento infantil e das mulheres no Brasil.

Também participam do encontro alunos de escola pública e representantes de ONGs. Ele será transmitido, ao vivo, pelas redes sociais do banco Itaú.

No dia 9 de outubro de 2012, Malala foi alvo de um ataque a tiros por membros do Talibã. Ela estava em um ônibus escolar com outras meninas voltando para casa depois de mais um dia letivo, em Swat, uma região ultraconservadora no norte do Paquistão. Na época ela tinha 15 anos e defendia publicamente o direito à educação para as meninas. Os talibãs são contrários à educação das mulheres.

Baleada na cabeça, Malala sobreviveu ao atentado, que chocou o Paquistão, mesmo com a onda de violência e repressão por parte dos militantes do Talibã. Ela foi retirada do país com sua família e levada ao Reino Unido. Os médicos retiraram a bala de seu cérebro e, depois de se recuperar, ela voltou à escola, terminou o ensino médio e começou a cursar filosofia, política e economia na Universidade de Oxford.

Hoje, Malala é uma das principais ativistas mundiais que defendem o direito de todas as meninas à educação. Seu trabalho humanitário a levou a diversas partes do mundo onde esse direito é ameaçado.

No dia 28 de março, ela voltou ao Paquistão pela primeira vez desde que sofreu o ataque dos talibãs há seis anos. Cercada por um forte esquema de segurança, ela visitou o Vale do Swat por apenas poucas horas.

“Quando eu não voltei para casa da escola naquele dia em 2012, minha mãe se perguntou se eu um dia veria meu quarto de novo, se ela um dia teria um momento quieto com sua filha em nossa casa”, disse. “Ver-me ali deixou minha mãe tão feliz. Ela disse: ‘A Malala deixou o Paquistão com os olhos fechados, agora ela retorna com os olhos abertos’.”

G1

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