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O homem anônimo, que não apareceu diante da câmera, insistiu no protesto, obrigando o jornalista a finalizar a narração. Antes de sair do ar, Bonini fez uma expressão de descontentamento por ter a transmissão interrompida.
No estúdio, o âncora Rodrigo Bocardi não ignorou o fato: disse que aquela manifestação contra o presidente Michel Temer era consequência dos problemas enfrentados pelo cidadão comum no dia a dia no País.
Mais cedo, o apresentador havia direcionado duras críticas aos governantes enquanto acompanhava outras imagens de vagões lotados nas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.
A Globo já teve inúmeras transmissões ao vivo (o chamado ‘link’) prejudicadas por gritos, gestos obscenos, ameaças e até agressões físicas aos repórteres. As equipes da emissora se tornaram ‘alvo fácil’ para quem quer protestar contra os políticos e até o próprio canal.
Um dos episódios mais graves aconteceu em outubro de 2011. Monalisa Perrone, hoje âncora do Hora1, reportava ao vivo a respeito da saúde do ex-presidente Lula, diante do Hospital Sírio-Libanês, quando um homem a derrubou. Após se levantar, ela passou o microfone a outro repórter da Globo, que assumiu a cobertura.
A recorrência dos episódios de ameaças e agressões a suas equipes fez a Globo escalar seguranças para acompanhar as transmissões externas. Mas nem todo ‘link’ conta com esse suporte ao trabalho de repórteres, cinegrafistas e técnicos.
Esse esquema de segurança será ampliado nos próximos meses. Prevê-se o recrudescimento de atos violentos contra profissionais da emissora durante a campanha presidencial.
Terra
Podcast da Rede Mais - 23/04/2024