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Seleção masculina critica maratona da Liga das Nações

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publicado em 21/05/2018 às 14h00
atualizado em 21/05/2018 às 11h02

A seleção brasileira masculina de vôlei embarca nesta segunda-feira para a Sérvia, onde estreia na Liga das Nações na sexta-feira, 25. Este é o primeiro dos cinco países que receberão jogos do time na primeira fase. Além do Brasil e da Sérvia, a seleção passará pela Rússia, Bulgária e Austrália. Se você que gosta de viajar deve achar isso um sonho, saiba que a seleção não está feliz.

Para a seleção, estar nesses países não é o problema. O que o time reclama é o curto período entre as viagens aliado à rotina de jogos. Veja só a programação do Brasil nesta primeira fase: faz três jogos na Sérvia, três jogos no Brasil, três jogos na Rússia, três jogos na Bulgária e mais três na Austrália. São 15 jogos, cinco viagens, três continentes, tudo dentro de um mês.

Vale destacar que muitos atletas terminaram a temporada com os clubes há pouco tempo. Quando esse assunto é levantado nas entrevistas com jogadores e com o técnico Renan Dal Zotto, um termo aparece na resposta de todos: quase desumano.

– Neste ano, acho que ela será muito mais pesada as etapas, principalmente para nós da América do Sul. Vamos viajar muito em intervalos curtíssimos entre os jogos. É pesado para o atleta. Eles precisam entender isso, que nós somos seres humanos. Passar 20 horas dentro de avião, chegar, ter que treinar, desempenhar o seu melhor, porque você precisa de vitória para poder classificar… É muito difícil. É praticamente desumano. A gente está com um grupo grande, o Renan vai mexer bastante para que todo mundo tenha oportunidade de jogar, mas ao mesmo tempo para que todo mundo fique íntegro para que a gente não sofra com lesões – comentou o líbero Murilo.

Murilo lamenta maratona de jogos da Liga das Nações (Foto: Danilo Sardinha/GloboEsporte.com)

Esse desgaste citado por Murilo realmente é uma preocupação do técnico Renan Dal Zotto.

– É um modelo novo de competição. Passaram de três etapas para cinco etapas. O Brasil, por estar em um continente mais afastado e vendo as situações das principais seleções, vai ter uma carga de viagens extremamente elevada. Chega a ser quase que desumana a situação que esses garotos vão passar, porque são todos enormes. Viajar para cima e para baixo o tempo todo. Tem seleções europeias que jogam o tempo todo dentro da Europa, não saem da Europa. Então, infelizmente… Mas vamos confrontar todas essas dificuldades na quadra, treinando muito e se doando muito – disse.

O levantador William destaca o espírito de superação que será necessário para a seleção nesta primeira fase.

– É uma coisa que foi imposta para nós pela Federação Internacional. É uma briga constante. É quase que desumano a quantidade de viagens que nós fazemos e a distância das viagens. Mas é o que tem. Vamos lá. Só fortalece. Tenho certeza que vamos conseguir passar por cima disso e, na hora que a bola subir lá, ninguém vai lembrar das horas de voo – afirmou.

A Liga das Nações, antiga Liga Mundial, é o primeiro campeonato que o time disputa neste ano. Além dessa competição, disputa a equipe disputa a Copa Pan-Americana, de 12 a 20 de agosto, no México, e o Campeonato Mundial, que será na Bulgária e na Itália, de 10 a 30 de setembro.

GloboEsporte

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