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DENTRO DE VIATURA

PMs morrem após serem encontrados desacordados

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publicado em 05/05/2018 às 17h01
atualizado em 05/05/2018 às 14h02

Dois policiais militares morreram na madrugada deste sábado (5) após serem encontrados desacordados dentro de uma viatura, em Barra de Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro. Os PMs chegaram a ser levados para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiram.

Eles foram identificados como sargento Rosemberg de Jesus Principe, 38, e soldado Bruno Pereira Martins dos Santos, 36. Os dois, de acordo com a Polícia Militar, trabalhavam no 31º Batalhão da PM, no Recreio, também na zona oeste da cidade.

A corporação também informou que aguarda a perícia que será feita nos corpos para saber a causa das mortes. A assessoria não soube informar se os policiais mortos teriam sido baleados.

Pelas redes sociais, colegas dos PMs relembraram um caso semelhante ocorrido em 2016. Na ocasião, outros dois policiais foram encontrados inconscientes dentro de uma viatura no bairro do Engenho Pequeno, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, com espuma na boca. Na época, a suspeita era de intoxicação.

A Polícia Militar não confirmou se, na ocorrência deste sábado, também havia vestígios de intoxicação, como no caso de 2016.

O sargento Príncipe, que estava na PM desde 2005, era solteiro e não tinha filhos. Já o soldado Bruno, que entrou para a PM em 2013, era casado e deixa dois filhos.

Com a morte dos dois PMs, 43 oficiais da corporação já morreram este ano no Rio de Janeiro. Em 2017, o número de PMs mortos no Rio foi de 134.

Tiroteios na Rocinha

Na manhã deste sábado, policiais militares do Batalhão de Choque trocaram tiros com criminosos durante patrulhamento na favela da Rocinha. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar, não há registro de feridos ou apreensões.

Ainda na madrugada deste sábado (5), um membro de alto escalão do Comando Vermelho — apontado pela polícia como o número dois na hierarquia do tráfico de drogas e responsável por coordenar o roubo de carros na favela Nova Holanda, no Complexo da Maré — foi ferido em uma troca de tiros com a polícia e preso.

Alex Sacramento da Silva, ou “Brancão” era alvo de uma operação policial arquitetada pelo setor de inteligência da intervenção federal que estava prestes a acontecer. Contudo, policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis descobriram que ele estava se deslocando durante a madrugada com um grupo de criminosos do Complexo da Maré para o Complexo da Penha e decidiram aproveitar a oportunidade para tentar abordá-los no trajeto.

A polícia montou um bloqueio na saída da favela Nova Holanda. Ao se deparar com os policiais, o grupo teria tentado resistir, dando início a uma troca de tiros. Alex Sacramento da Silva e Wallace Alves da Silva, ou “Lalá” foram baleados e levados para um hospital.

Wallace não sobreviveu. Ele era apontado como segurança de uma das lideranças do Comando Vermelho, Rodrigo Caetano, o Motoboy, que ficou conhecido por supostamente dar ordens para seus subordinados atirarem em carros desconhecidos que entrassem na favela – o que provocou a morte de uma médica no ano passado que entrou na Nova Holanda por engano.

Outros três suspeitos que estavam com a dupla foram presos: Rodrigo Alves Ferreira, conhecido como “Total”; Reinaldo Barbosa Manhães Junior, conhecido como “Juninho” e Jandré Cardoso Batalha, conhecido como “JD”. Com eles foram apreendidas quatro pistolas e carregadores; cinco rádios transmissores; coldres e um veículo roubado.

Uol

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