João Pessoa, 01 de abril de 2018 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
Primeiro de Abril

Locais com pressão favorecem mentiras

Comentários: 0
publicado em 01/04/2018 às 14h06
atualizado em 02/04/2018 às 03h19
Foto Ilustrativa: Canção Nova

O dia 1º de abril é conhecido como o dia da mentira. Para muitas pessoas uma “mentirinha de leve” é natural. De acordo com o psicólogo Aluísio Brito, o ato de mentir ocorre principalmente em ambientes agressivos, incompreensivos e de intensa pressão.

“Quando as pessoas estão em um ambiente de muito autoritarismo, censura e muita incompreensão elas tendem a não viver o que de fato elas sentem, mas aquilo que os outros querem. Então, um ambiente que não favorece a compreensão, com muita pressão tende a se tornar um ambiente de muita mentira. A pessoa esconde a verdade por medo de ser sincero e por medo de ser julgada”, explicou ao Portal MaisPB

O especialista acrescenta que a mentira passa a ser um problema quando prejudica a vida de outras pessoas, ou seja, quando gera consequências e se torna um hábito, algo natural. Para ele, a mentira é um comportamento construído nas relações sociais desde a infância que geralmente acontece quando o ser humano tenta resolver um problema escondendo a verdade por temer as consequências.

Além disso, Aluísio Brito aponta que não existem mentiras “leves ou mais graves”. Segundo ele, o que existe é uma sociedade que não sabe lidar com a verdade por considerá-la muito “dura”. Assim, as pessoas têm medo de expressar o que sentem e escondem a realidade.

O psicólogo aponta que uma possível solução seria a existência de um clima de respeito, ausência de censura e existência de compreensão nos ambientes sociais.

“A gente resolve esse problema com transparência. Mentiras leves ou mentiras graves, são coisas de relações que não são transparentes. Quanto  mais transparentes as pessoas forem, mais elas irão aprender a conviver com a verdade. Desde criança, a gente não consegue conviver com ela e vai escondendo. A verdade é um conjunto de fatos, o que acontece é que vamos nos habituando em achar que as mentiras podem ser  pequenas ou grandes”, concluiu o psicólogo.

Juliana Cavalcanti – MaisPB

Leia Também