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Guerra já deixou mais de meio milhão de mortos

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publicado em 12/03/2018 às 09h11
atualizado em 12/03/2018 às 06h16
(Foto: Bassam Khabieh/Reuters)

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) afirmou nesta segunda-feira (12) que cerca de 511 mil pessoas morreram na guerra na Síria desde o início do conflito, há sete anos, de acordo com a Reuters.

O balanço da ONG indica que 85% dos mortos foram vítimas de ataques do governo ou de forças aliadas, como a Rússia.

O Observatório tem sede em Londres, mas possuiu uma vasta rede de informantes em território sírio. Segundo as informações do OSDH, 350 mil pessoas foram identificadas e o restante não teve o nome divulgado.

O conflito, que se arrasta desde 2011, já dez com que milhões de pessoas – mais de metade da população do país antes do conflito – deixasse sua casa. O exército sírio e sua aliada Rússia, desde 2015, realizam ataques aéreos.

Nas últimas semanas, intensos combates seguem em várias regiões, como Guta Oriental, perto de Damasco, e Afrin, perto da fronteira com a Turquia.

Ofensiva em Guta Oriental

Em Guta Oriental, últimos redutos de rebeldes que lutam contra o regime do ditador Bashar Al-Assad, uma violenta ação do governo sírio teve início em 18 de fevereiro. Desde então, mais de 1000 pessoas morreram.

Após registros de mortes por asfixia em um ataque na semana passada, levantou-se a suspeita de uso de armas químicas nos bombardeios. A ação na área densamente povoada já é considerada uma das mais agressivas da guerra, que já dura sete anos.

Apesar da Organização das Nações Unidas (ONU) ter aprovado um cessar-fogo para a região, ele não foi colocado em prática. Nem mesmo durante as cinco horas diárias, que os russos se comprometeram a respeitar, a trégua humanitária funcionou. A Rússia culpa os rebeldes.

A região, que é um antigo destino de viagens de final de semana para os moradores da capital síria, está sitiada desde 2013. Durante os primeiros anos da guerra civil, o governo sírio se concentrou em recuperar áreas consideradas cruciais para a sua administração.

Porém, desde meados de fevereiro, foi implementada uma estratégia para “dividir em dois” a região, com o objetivo de cercar os rebeldes e facilitar a eliminação da resistência. A oposição acusa o governo de implementar a tática de “terra arrasada” – promovendo ataques massivos.

Até a entrega de ajuda humanitária está comprometida. Em uma das iniciativas de organizações não governamentais internacionais de levar remédios e comida para a população, caminhões tiveram a carga confiscada pelas forças do governo. Na sexta-feira, a região foi bombardeada logo após a chegada dos caminhões com a ajuda.

G1

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