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Pais de autistas criticam veto do governador

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publicado em 16/02/2018 às 09h55
atualizado em 16/02/2018 às 06h56

O veto do governador Ricardo Coutinho (PSB) ao projeto de lei 1.350/2017, que determina a inserção do símbolo mundial do autismo nas placas que sinalizam atendimento prioritário em estabelecimentos públicos e privados, causou revolta entre pais e entidades que trabalham com autistas.

Segundo a diretora da Associação de Amigos do Autista (AMA), Vânia Pinheiro, as dificuldades enfrentadas pelos responsáveis são diárias, pois elas muitas vezes não têm tolerância para esperar, além disso, ambientes com poluição sonora e visual são estressantes, o que pode desencadear um comportamento atípico. Ela destaca que o projeto seria um avanço e lamenta que tenha sido vetado.

A propositura é de autoria do deputado estadual Bruno Cunha Lima (PSDB) e foi vetado sob o argumento que “não merece ser sancionada por razões de constitucionalidade e conveniência administrativa”.

De acordo o parlamentar, o veto se deu por ser um projeto de sua autoria e não por ser incoerente. “O governador vetou o projeto não por razões de constitucionalidade, mas sim por ser de nossa autoria, um deputado de oposição. Com esse projeto nós poderíamos levar mais tranqüilidade aos responsáveis e acompanhantes de portadores do autismo e para as próprias pessoas, que passam por preconceito diário onde pegar uma fila preferencial é motivo para motim”, relata o parlamentar.

“Eu parabenizo Bruno por estar abraçando essa causa que, muitas vezes, é esquecida. As pessoas com autismo necessitam de cuidados especiais constantes, e a espera em filas as deixa inquietas. Quando fui fazer a cédula de identidade de minha filha que é autista, tive de ameaçar chamar a imprensa para que pudessem me dar preferência onde minha filha já estava em crise”, disse Vania.

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