João Pessoa, 08 de novembro de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O ex-assessor do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) Job Ribeiro Brandão enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação na qual disse que devolvia até 80% do salário dele ao parlamentar e ao irmão de Lúcio, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA).
Job Ribeiro teve as digitais encontradas em parte dos R$ 51 milhões apreendidos pela Polícia Federal em um apartamento em Salvador (BA). A Polícia Federal investiga se o dinheiro pertencia a Geddel, que também teve as digitais encontradas em cédulas.
O G1 buscou contato com a defesa de Lúcio e Geddel na noite desta terça e na manhã desta quarta, mas não havia conseguido contato até a publicação desta reportagem.
Job Ribeiro chegou a ser preso e agora cumpre prisão domiciliar por determinação do ministro do STF Luiz Edson Fachin, que mandou soltar o assessor sob a condição de que ele pagasse 100 salários mínimos, o equivalente a R$ 93,7 mil.
A defesa, no entanto, recorreu alegando que ele não tinha esse dinheiro e pedindo uma fiança “justa e proporciona”.
Fachin, então, reduziu a fiança pela metade, obrigando Job Ribeiro a pagar 50 salários mínimos, o equivalente a R$ 46,8 mil.
Mas, ao enviar parecer sobre o pedido, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse estranhar o patrimônio declarado por Job Ribeiro.
O advogado do ex-assessor, Marcelo Ferreira, então, disse que também estranhou a discrepância e questionou o cliente.
Isso porque, segundo o processo, Job Ribeiro recebia salário de R$14.334,28, mas declarou ter patrimônio de R$ 31.100,59.
Desta forma, Job Ribeiro alegou que não conseguiria pagar a fiança, mesmo após a redução do valor para 50 salários mínimos.
“Ele contou a história dos pais, que tem uma vida humilde. Foi então que a irmã dele disse que ele devolvia o dinheiro. Ia até o caixa eletrônico, retirava o salário e dava de volta”, afirmou a defesa.
EM CAMPINA GRANDE - 28/03/2024