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segundo estudo

Animais de donos fumantes podem ter vida mais curta

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publicado em 06/11/2017 às 09h36
atualizado em 06/11/2017 às 06h37
(Foto: Reprodução/Internet)

O mal que fumantes podem fazer para si e para quem convive com eles (chamados de fumantes passivos) já é conhecido, mas agora, um novo estudo comprova que hábitos tabagistas podem prejudicar ainda mais animais de estimação de donos fumantes.

De acordo com uma nova pesquisa da Universidade de Glasgow – no Reino Unido, além dos animais inalarem mais fumaça, eles tem uma rotina de limpeza que implicam na maior ingestão de nicotina ao limpar os pelos e as penas. Os efeitos do fumo passivo em cães, por exemplo, podem ser câncer de pulmão ou de cavidade nasal e seios paranasais.

Já os gatos podem desenvolver linfoma e pássaros, coelhos e porquinhos-da-índia têm fortes tendências a sofrer com doenças de pele e problemas respiratórios.

Para chegar a essa conclusão, a pesquisadora Clare Knottenbelt explicou que foram recrutados 40 cães – metade vieram de lares com fumantes – e 60 gatos. As amostras de pelos foram analisadas para saber o nível de nicotina presente.

A atenção dos especialistas, no caso dos felinos, se voltou para a possível ligação entre o fumo passivo e o linfoma – um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos desses animais.

Na particularidade dos gatos, foi levada em consideração uma conta diferenciada, já que eles passeiam pela vizinhança e estão mais expostos à fumaça da rua ou de locais com fumantes.

“Um gato pode viver em uma casa sem fumantes e ainda ter alto índice de nicotina”, explicou Clare. Por causa da descoberta, as maiores associações britânicas de veterinários e enfermeiras estão fazendo uma intensa campanha de conscientização sobre os danos.

A enfermeira da Royal College of Nursing (RCN), Wendy Preston, contou à BBC que muitas pessoas ficaram horrorizadas com o fato de que o fumo passivo de animais pode até encurtar a vida do bicho de estimação. “Queremos facilitar a conversa sobre o tema com veterinários e enfermeiras veterinárias com os donos dos pacientes”, pontuou.

No entanto, ainda há quem discorde. O diretor de um grupo chamado Forest – que defende o direito dos fumantes, Simon Clark, declarou que o estudo “exagerou” e que não passa de uma distração para a verdadeira causa de abusos contra animais.

“A melhor coisa que alguém pode fazer por seu animal de estimação é dar um lugar confortável para viver, onde ele se sinta seguro e bem cuidado”, disparou.

Diário de Pernambuco

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